postado em 03/04/2009 09:27
Excluído do Grande Prêmio da Austrália por ter ocultado a informação de que deixara Jarno Trulli ultrapassá-lo nas últimas curvas da etapa de Melbourne, Lewis Hamilton quase chorou ao falar sobre o assunto nesta sexta-feira (3/4). Acusado de 'mentiroso' até pela imprensa inglesa, o piloto se desculpou pelo que chamou de 'erro imenso', dizendo que não disse a verdade aos comissários por causa de um pedido da McLaren.
Após encerrar a corrida australiana na quarta posição, Hamilton acabou herdando a última vaga no pódio depois da desclassificação de Trulli, que ultrapassou o atual campeão da Fórmula 1 sob bandeira amarela. Porém, quando consultou a comunicação interna da McLaren durante as voltas finais da prova, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) constatou que na verdade a equipe pedira ao britânico para abrir espaço ao italiano, que havia perdido a terceira posição com um erro cometido também na presença do carro de segurança.
Como nem Hamilton, nem a McLaren revelaram essa informação aos comissários no último fim de semana, acabaram acusados de má fé, perdendo o resultado ganho na pista. Nesta sexta, o piloto aproveitou uma entrevista coletiva para mostrar seu arrependimento.
"Enquanto eu esperava pelos comissários, fui instruído pelo chefe de minha equipe (Dave Ryan) a ocultar o que aconteceu, e foi isso o que fiz", disse ele, em referência ao diretor esportivo que acabou suspenso pela McLaren após a polêmica.
"Sinceramente peço desculpas aos comissários por ter desperdiçado o tempo deles e aos fãs que sempre acreditaram em mim. Não sou um mentiroso ou uma pessoa desonesta, e sim um jogador da equipe. Sempre acato o que me dizem para fazer, e nesta vez percebi que era um erro imenso. Estou tirando uma lição disso", concluiu.