postado em 06/04/2009 09:57
Assim que a bola rolou para a disputa da última rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista, os santistas viveram momentos dramáticos, com um enredo de fazer inveja a qualquer escritor. A rodada começou com o Santos classificado, já que tanto no Moisés Lucarelli, quanto no Canindé, os jogos estavam empatados.
Mas a situação mudou às 16h22, quando a Portuguesa abriu o placar. Começava a agonia alvinegra, que só terminaria uma hora e meia depois, com uma virada heróica, marcada pela grande atuação de Kléber Pereira, autor dos três gols que decidiram o confronto a favor de sua equipe.
O sistema de som do estádio da Macaca anunciou o primeiro gol da Lusa sobre o Santo André. No entanto, os jogadores estavam tão concentrados no seu próprio jogo, que nem deram ouvidos para a informação, naquele momento. "A gente estava tão focado no jogo, que não ouvia (o sistema de som), mas o pessoal do banco passava tudo para nós", contou Madson.
Na saída para o intervalo, muitos atletas do Peixe, de fato, não sabiam nem que precisavam marcar mais um gol, com o triunfo parcial dos rubro-verdes de 2 x 0 sobre o Ramalhão.
Na volta para a etapa complementar, a situação se complicou ainda mais com a virada da Ponte Preta. Nem mesmo o gol de Antônio Flávio para o time do ABC Paulista ajudava o Alvinegro Praiano naquele momento.
"Nessa hora cheguei a pensar que estivesse tudo perdido. A gente precisava reverter o placar. Mas o importante foi que não desistimos. Fomos a frente, lutamos e graças a Deus, conseguimos uma grande vitória", disse o meia Madson.
E como bem contou Madson, o Santos teve força para ir buscar a virada. Faltando oito minutos para o fim do tempo regulamentar, os santistas empataram com Kléber Pereira. Seis minutos depois, novamente o centroavante deixou outra vez a sua marca, em cobrança de pênalti. Naquela altura, com os acréscimos, ainda restavam seis minutos para o apito final do árbitro Rodrigo Braghetto, porém, para o técnico Vágner Mancini, tudo já estava definido.
"Tivemos que nos expor de uma maneira quase suicida para buscar o resultado. Aí você vira a partida, em sete, oito minutos, veio à certeza de que era nossa (a classificação). Quando isso acontece, ninguém tira. Principalmente depois de você ver a tua equipe reverter um resultado que parecia praticamente impossível", revelou Mancini. "As coisas com o Santos são mais sofridas, mas merecidas", completou.