postado em 08/04/2009 13:24
Para um piloto que coleciona oito títulos mundiais, sendo seis deles na principal categoria do motociclismo, qual ainda é a motivação para seguir em atividade? Às vésperas do início de mais uma temporada na MotoGP, Valentino Rossi explica que continuará correndo sobre duas rodas até estar 'irritado para tentar vencer'.
Após viver período de baixa ao ficar sem as taças da MotoGP em 2006 e 2007, Rossi retomou a velha forma no ano passado, quando dominou o campeonato com vitórias em nove dos 18 corridas realizadas e apenas duas ausências no pódio. Dois meses após completar 30 anos, ele inicia a defesa do título no Grande Prêmio do Catar, neste fim de semana.
"Quando eu começar a me sentir menos rápido ou com menos raiva para tentar vencer, aí será o momento de parar", disse o piloto à BBC. "Tenho ainda dois anos de contrato (com a Fiat Yamaha), então devo permanecer concentrado. Em 2008 havia uma grande motivação para mostrar que eu estava no topo, e agora vou encontrar outra para continuar nele".
Veterano perto de seus principais oponentes na categoria - Casey Stoner e Dani Pedrosa têm 23 anos, dois a mais que Jorge Lorenzo -, o italiano garante não ver a idade como um fator prejudicial. "Sou da geração mais antiga, porém é claro que me sinto forte como quando eu tinha 22 anos. Sou mais velho que meu principal rival (Stoner), porém mental e fisicamente estou em uma boa condição, portanto pronto para o campeonato".
Apesar da força do australiano que triunfou na MotoGP em 2007, Rossi acredita que as restrições a testes neste ano darão mais equilíbrio à disputa. Assim, além do piloto da Ducati, Pedrosa, da Repsol Honda, e Lorenzo, seu companheiro na Yamaha, devem ser empecilhos maiores.
"Neste momento talvez eu e Casey sejamos mais velozes, porém necessariamente não é esta a situação que chegará ao fim da temporada. A cada ano tenho de trabalhar mais duro, e agora se você tiver um problema no começo será muito difícil. Antes costumávamos melhorar a moto com nove ou dez testes durante a temporada", disse ele, lembrando-se da medida tomada para reduzir os custos das equipes durante a crise financeira internacional.