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Especialista em direito desportivo não acredita em paralisação do Paulistão

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postado em 09/04/2009 14:13
Depois de apresentar as provas sobre um possível suborno ao zagueiro Jean para facilitar a vitória do Santos sobre a Ponte Preta, o presidente da Portuguesa, eliminada das semifinais do Campeonato Paulista justamente por causa do resultado do jogo de Campinas, protocolou reclamação junto ao TJD da Federação Paulista e avisou: quer a repetição da partida entre o time santista e o campineiro. "Se ficar comprovada a acusação, de acordo com o artigo 275 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o jogo terá que ser anulado e Santos e Ponte Preta terão que disputar uma nova partida. Vamos correr atrás dos nossos direitos", prometeu Manuel Da Lupa, em entrevista concedida nesta quinta-feira no Canindé. O advogado João Zanforlim, especialista em direito desportivo, e que atualmente defende os interesses do Corinthians, avisou que o sonho da Portuguesa de paralisar o Campeonato Paulista dificilmente se tornará realidade. "Isso cabe ao TJD decidir, mas, na minha visão, as provas apresentadas são muito fracas e parar o campeonato nessas circunstâncias é algo muito difícil de acontecer. Acho que o que a Portuguesa mostrou, sem dar sobrenomes aos possíveis envolvidos, ,é insuficiente para o que o clube está pleiteando", opinou. Segundo Zanforlim, o próximo passo do imbróglio está nas mãos da polícia, que terá que investigar as testemunhas lavradas no Boletim de Ocorrência (Sílvio Filgueiras e Fernando Oliveira Mendes) para verificar a veracidade das acusações. Mesmo se constatada a idoneidade de ambos, no entanto, o advogado acha improvável alguma mudança nas semifinais do Campeonato Paulista, que já terão início sábado, na Vila, com o confronto entre Santos e Palmeiras. "A polícia irá investigar e caberá ao Ministério Público fazer com que provem suas acusações, mas, no âmbito da Justiça Desportiva, acho muito fraco para mudar o quadro do campeonato, ainda mais com o primeiro jogo sendo no sábado. Essa história de B.O, de 'disse que ouviu falar', acaba se transformando em fofoca. Nada mais", concluiu.

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