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Suposto mentor de suborno garante que tudo não passou de um mal entendido

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postado em 09/04/2009 20:15
Apontado como mentor do suposto esquema de suborno ao zagueiro Jean, da Ponte Preta, para que facilitasse as coisas para o Santos, na partida em que o Peixe derrotou a Macaca por 3 x 2 e se classificou às semifinais do Campeonato Paulista, o empresário de futebol Izildo Antonio Pereira Batista descartou por completo a possibilidade de ter feito qualquer manipulação do resultado deste jogo e disse que tudo não passou de um mal entendido. Segundo o procurador, as duas pessoas que entraram em contato com a diretoria da Portuguesa de Desportos, para formular a suspeita de suborno acabaram interpretando de maneira equivocada uma brincadeira feita por ele, dias antes do confronto decisivo, disputado no Moisés Lucarelli. Izildo conta que se encontrou na quinta-feira com as duas testemunhas - Silvio Filgueiras e Fernando Mendes, em uma loja de automóveis. Izildo Pereira havia ido até o local para tratar da documentação referente à transferência do filho de Silvio, o jogador Carlos Alberto, que seria levado para o Primavera, de Indaiatuba, clube do Interior Paulista. Durante o contato com Fernando (que é torcedor da Lusa), Izildo contou ter ironizado a possibilidade de o Peixe precisar usar a 'mala preta' para alcançar as semifinais, pois a Portuguesa estaria sendo constantemente ajudada pela arbitragem. "Só pagando para fazer com que a Lusa fosse desclassificada", teria dito Izildo, na ocasião. Izildo garantiu que fez apenas um comentário irônico, mas que as duas pessoas interpretaram as suas declarações erroneamente, ao procurarem os dirigentes rubro-verdes. "Eu fui à loja apenas para pegar a documentação do filho do Silvio para levar para o Primavera. O Fernando torce para a Lusa e eu para o Santos. Houve apenas uma brincadeira. Eu disse a ele: 'Gozado vocês não chorarem o gol de mão (do Fabrício Carvalho, contra o Mirassol). Agora quer dizer que teremos que pagar 20 mil, 40 mil, 60 mil ou 80 mil para passar. Fiz só esse comentário. Nada mais. Eles sabem que eu costumo fazer esse tipo de brincadeira", declarou Izildo, nesta quinta-feira, na Vila Belmiro. Izildo ainda fez questão de esclarecer que jamais havia mantido contado com o zagueiro Jean e (ou) o procurador do atleta. "Nem sei quem são eles", afirmou. O empresário ressaltou que o seu telefone celular está à disposição das autoridades para uma eventual investigação. O Santos pede esclarecimentos à diretoria da Portuguesa e uma retratação pública do seu presidente, Manuel da Lupa, sob ameaça de ingressar com um processo contra a Lusa e os seus dirigentes, nas esferas cível, criminal e também na Justiça Desportiva.

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