postado em 16/04/2009 16:59
O Palmeiras pode ter perdido um de seus trunfos para a Libertadores. Edmilson foi operado na tarde desta quinta-feira e foi detectada uma lesão ainda mais grave do que aparentava após o jogo dessa quarta-feira, contra o Sport. O volante teve seu cotovelo fragmentado e sua recuperação, antes prevista para 60 dias, deve ser estendida para três meses.
"O Edmilson sofreu uma das fraturas mais graves de cotovelo. A cabeça do rádio foi quebrada em aproximadamente cinco fragmentos, além da luxação e de uma lesão ligamentar. Tivemos que substituir a cabeça do rádio por uma liga de titânio. A fase inicial de recuperação é de 60 dias, mas pode se estender para 90", informou Otavio Vilhena, médico do clube, pouco depois do fim do procedimento, que durou duas horas - o dobro do que se esperava.
"Nossa proposta seria a fixação da cabeça do rádio e a redução da sub-luxação, mas isso não foi possível pelo grande número de fragmentos. Tivemos que colocar uma prótese, que é o último estágio da ortopedia, porque não havia possibilidade de recuperação biológica. E tudo isso faz a recuperação ser mais lenta", continuou explicando.
O camisa 3, contratado para dar experiência à jovem equipe e capitão do time na Libertadores, segue no hospital, sem saber que a pior hipótese em relação à sua contusão se confirmou. Como o jogador ainda se recupera da anestesia, não se arrisca qual será sua reação por perder mais três meses de seus dois anos de contrato com o Verdão - já ficou 30 dias fora para recondicionamento físico.
"Não posso responder como ele vai reagir porque a cirurgia foi há pouco tempo. Mas ele já sabia que a prótese seria uma opção, foi informado de tudo. E sabia que não tinha sido uma coisa simples por causa do estalo que ouviu quando caiu. No hospital, estava tranquilo. Como todo bom jogador, se mostrava disposto ao tratamento porque queria jogar", contou Otavio.
Edmilson deve receber alta na sexta-feira ou no sábado e começa a fisioterapia assim que deixar o hospital. O meio-campista terá de usar uma tipóia de três semanas a um mês, impedido de realizar todos os movimentos no cotovelo. A cicatrização do local durará provavelmente seis semanas, e a partir daí estará livre para correr se estiver com segurança.
"Ele tem que ter segurança e força na articulação para ser liberado, poder cair e se sentir confortável para enfrentar as situações de jogo. Teoricamente, o prazo mínimo é a partir de dois meses se ele estiver fisicamente bem", argumentou o médico alviverde.
No prognóstico mais otimista, o pentacampeão estaria à disposição para as fases finais da Libertadores, no caso de o clube avançar na competição. O mais provável, contudo, é que o volante só volte a jogar no final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.