postado em 21/04/2009 21:58
O atacante Keirrison e seu empresário, Marcos Malaquias, vão no começo da tarde desta quarta-feira à sede da Traffic, no bairro do Itaim, zona sul de São Paulo, para a formalização do novo contrato de quatro anos do atacante com o Palmeiras.
O documento que está em vigência termina no dia 29 e foi feito às pressas, em janeiro, para "driblar" uma ação judicial do Coritiba contra Malaquias e liberar o jogador para estrear logo pela equipe do Palestra Itália. É por isso que ele foi inscrito na CBF como jogador do Palmeiras, e não do Desportivo Brasil, o clube da Traffic, empresa parceira do clube paulista.
Quando ainda jogava pelo clube paranaense, Keirrison firmou com a empresa, em novembro, um pré-contrato com o Desportivo, amparado pela Lei Pelé, que dá ao atleta a possibilidade de assinar com outro clube seis meses antes do término de seu vínculo. O pré-contrato, com validade de quatro anos, passaria a valer a partir de 1º de maio, já que o vínculo do atacante com o Coritiba terminava exatamente no próximo dia 29.
Quando o Coritiba o liberou em janeiro por R$ 2 milhões ao Palmeiras, Traffic e Malaquias concordaram que era melhor respeitar o pré-contrato de validade a partir de maio e registrar uma espécie de "contrato tampão" com o clube paulista na CBF.
Nesse período, por incrível que pareça, o Palmeiras poderia ter vendido Keirrison sem que a Traffic recebesse um tostão na transferência. "Teoricamente isso seria possível, mas não seríamos loucos de prejudicar nosso parceiro", diz uma pessoa ligada à diretoria do clube. A ação do Coritiba contra Malaquias diz respeito a uma briga pela fatia dos direitos econômicos do atacante na negociação com a Traffic.