Superesportes

Tentando evitar exclusão, McLaren pede desculpas à FIA

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postado em 24/04/2009 08:54
Um dos jornais mais conceituados da Inglaterra, o Times, garante nesta sexta-feira (24/4) que a McLaren pediu desculpas oficialmente à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pelos fatos ocorridos no Grande Prêmio da Austrália, no qual a escuderia mentiu aos comissários para tentar garantir a terceira posição a Lewis Hamilton. De acordo com a publicação londrina, o novo chefe de equipe de Woking, Martin Whitmarsh, enviou uma carta ao presidente da FIA, Max Mosley, admitindo a quebra do artigo 151 do regulamento da Fórmula 1 - o que acontece quando se deixa o esporte desacreditado. As desculpas de Whitmarsh são claramente uma tentativa da McLaren de limitar os eventuais danos da punição que ela deve encarar em 29 de abril, quando o Conselho Mundial da entidade julgará a atitude da equipe, que corre o risco até de ser excluída do Mundial 2009. Especulações do Times dão conta de que o mais provável é o time ser multado e perder 30 pontos no campeonato de construtores, mas poderia haver ainda uma suspensão automática válida por dois ou três grandes prêmios. Toda a confusão envolvendo a escuderia começou nas últimas voltas da corrida australiana. Hamilton estava no quarto posto quando, após um erro de Jarno Trulli, viu-se obrigado a ultrapassar o italiano, devolvendo a posição em seguida já que a bandeira amarela estava acionada. Entretanto, o então diretor esportivo dos britânicos, Dave Ryan, que acabaria demitido, e o próprio Hamilton garantiram aos comissários da prova que o piloto da Toyota recuperou seu lugar porque quis, recebendo uma penalização que após o estouro do escândalo acabaria revogada. Como consequências da polêmica, o atual campeão da Fórmula 1 chegou a pedir desculpas às vésperas da etapa da Malásia, chegando a chocar durante entrevista coletiva. Há dez dias, Ron Dennis também agiu e abandonou definitivamente suas atividades no setor esportivo da McLaren, atitude interpretada pelo Times como uma estratégia para diminuir a pena da equipe, pois o histórico dirigente é notório desafeto de Mosley.

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