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Meia Rodriguinho, do Brasiliense, pode faturar o nono título local

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postado em 28/04/2009 08:00
Quem vê o jeito discreto e politicamente correto do meia Rodriguinho pode não imaginar que está diante de um atleta tão vitorioso. Aos 28 anos, o jogador do Brasiliense está a apenas uma partida de conquistar o nono campeonato candango da carreira. Foram cinco títulos pelo Gama, clube que o revelou (1998, 1999, 2000, 2001 e 2003) e três pelo Jacaré (2006, 2007 e 2008). Para que ele acrescente mais um troféu ao currículo, o time de Taguatinga pode até perder por um gol de diferença o confronto de volta contra o Brasília, no Serejão ; a equipe venceu o duelo de ida, no Cave, por 2 x 1, de virada. Difícil é avaliar o quanto a marca empolga o jogador. Ao falar sobre o assunto, Rodriguinho mantém a serenidade demonstrada no dia a dia dos treinos do Serejão. ;Fico feliz, é muito gratificante para um atleta poder conquistar vários títulos. Isso é muito bom;, resume. Mas basta um momento de emoção dentro de campo para o atleta vibrante se revelar. Autor do gol da virada contra o Brasília após entrar no segundo tempo, o meia comemorou partindo em disparada, com os dedos apontados para o céu. ;Procuro extravasar quando marco um gol porque isso é uma dádiva de Deus;, explica. Mas o chute forte da entrada da área não foi o único gol de Rodriguinho numa decisão de campeonato. Na final de 2003, quando defendia o Gama, ele fechou o caixão do Brasiliense na goleada por 4 x 1, num Bezerrão com 14.700 pagantes. Com tanta experiência em torneios locais, o meia se sente à vontade para criticar o nível do futebol candango. ;Em termos técnicos, de jogadores, o futebol daqui precisa melhorar muito. Em termos de estrutura, houve melhora, mas ela ainda não é tão boa.; Rodriguinho pode ser titular no segundo confronto da finalAinda sem se firmar entre os titulares nesta temporada, Rodriguinho garante não se incomodar com o banco de reservas. E mantém o escudo: diz que todo atleta gosta de jogar e afirma ter respeito pela decisão do treinador e pelos colegas que estão em campo. Mas não esconde a agonia de ver o jogo passar sem transpirar a camisa. ;É complicado, você fica do lado de fora querendo entrar e ajudar;, conta o meia, para quem o Brasiliense correu o risco de sair derrotado no Cave. ;Tomamos o gol e demoramos uns 10 minutos para voltar a nos organizarmos. Ficamos abalados;, confessa. Chance Segundo o técnico Roberval Davino, Rodriguinho tem chances de ganhar a posição no segundo jogo da decisão. ;Mas tudo é com base no trabalho da semana;, pondera o treinador. Os atletas se reapresentaram ontem, no Serejão. Os titulares fizeram apenas um trabalho na academia. A exceção ficou por conta do meia Iranildo e do atacante Ricardinho, que se queixaram de dores musculares, mas não preocupam. Os reservas, incluindo Rodriguinho, disputaram um jogo-treino contra os juniores. O centroavante Gustavo, com dores na coxa esquerda, não participou. Ele será examinado para saber se tem condições de ser relacionado no sábado. O mesmo vale para o atacante Diogo, que deixou o treino carregado, com lesão no tornozelo esquerdo. Já o Brasília tirou folga ontem, pelo segundo dia seguido. O time volta a treinar hoje à tarde, no Cave. Três dias após dispensar nove jogadores, o Dom Pedro, que disputou o quadrangular semifinal do Candangão, rescindiu o contrato do zagueiro Rodrigo Mello. » Áudio: ouça entrevista com o meia Rodriguinho, do Brasiliense

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