postado em 28/04/2009 15:28
O Rio de Janeiro vive um momento decisivo na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Nesta semana, a Comissão de Avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI) visita a cidade. O grupo desembarcou na cidade depois de passar por Tóquio e Chicago, o que não preocupa Orlando Silva, Ministro do Esporte.
"A expectativa é a melhor possível. Os membros da comissão terão a chance de contrastar a preparação dessas duas cidades com o Rio de Janeiro. Tenho certeza que eles vão perceber que o nosso projeto é muito forte", disse Silva na última segunda-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para José Roberto Périllier, gerente geral técnico esportivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o itinerário da comissão pode ajudar o Rio de Janeiro. "Vejo isso como benéfico. Acho que não será um ponto negativo ter passado por outras duas cidades", afirmou.
Por outro lado, ele admite que as rivais podem levar vantagem em alguns aspectos. "Talvez elas estejam melhor em termos de infra-estrutura esportiva e urbanística, mas o Rio de Janeiro é a única em que todo o mundo pode investir, e isso nos favorece também", teorizou.
Apesar do otimismo dos responsáveis pela organização, na primeira fase da seleção das candidaturas o Rio de Janeiro passou com a média de 6,5, a pior entre o quarteto remanescente, formado por Chicago, Tóquio e Madri. Eliminada por propor a realização dos Jogos fora do período especificado pelo COI, até Doha superou os cariocas.
O quesito acomodações, no qual Tóquio levou nota 10 e Chicago ganhou 9,8, é um dos principais problemas do Rio, que tirou média 6. Atualmente, a cidade conta com cerca de 28 mil quartos de hotéis, número bem abaixo das 40 mil habitações para clientes obrigatórios e aproximadamente 6 mil para uso habitual da cidade e espectadores exigidos pelo COI.
"A cidade vai oferecer muito mais leitos depois da reforma do terminal turístico, quando será possível receber 13 navios transatlânticos simultaneamente, o que é um número expressivo. Ainda temos um projeto que prevê a construção de moradias para atender a demanda dos Jogos e que depois ficarão com a população, além da construção de hotéis novos", explicou Silva.