postado em 29/04/2009 10:26
Uma espécie de 'aviso prévio' foi o modo escolhido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para punir a McLaren no caso da mentira do Grande Prêmio da Austrália. Sem multas ou muito menos exclusão do Mundial de Fórmula 1 de 2009, a equipe inglesa foi alertada em Paris: se nova infração do regulamento acontecer, levará uma suspensão de três corridas.
Após omitir aos comissários em Melbourne a informação de que mandara Lewis Hamilton ceder a posição a Jarno Trulli já na última volta daquela prova, a McLaren a princípio já perdeu os pontos que o inglês conquistara em terras australiana. Nesta quarta-feira, data da reunião do Conselho Mundial da entidade, corria o risco de ser banida da temporada, porém não foi isso o que aconteceu.
Segundo comunicado divulgado pela FIA ao fim do encontro em Paris, a equipe não poderá disputar três grandes prêmios da temporada apenas se novas informações sobre o caso forem reveladas ou se desrespeitar mais uma vez o código esportivo da entidade.
"Dado o modo honesto e aberto como o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, tratou o conselho, e a mudança na cultura de sua organização que ele deixou claro que acontecerá, decidimos suspender a aplicação da pena considerada apropriada", informou a órgão.
Assim, a McLaren tem sucesso apór agir desde a corrida australiana em várias frentes: primeiro demitiu Dave Ryan, diretor esportivo responsável pela mentira em Melbourne, e depois escreveu uma carta à FIA contendo um pedido de desculpas.
Além disso, Ron Dennis, notório desafeto de Max Mosley e homem-forte de Woking no caso da espionagem, em 2007, acabou se desligando recentemente das atividades esportivas da escuderia. Essa ação foi considerada importante para que essa resolução fosse promulgada, ainda que Dennis negue que sua atitude haja tido relação com toda a polêmica.
Falando sobre o assunto nesta quarta em Paris, Mosley soltou uma declaração que corrobora com essa tese: "Eles mostraram que há uma completa mudança de cultura, isso é totalmente diferente do que era. Nessas circunstâncias parece melhor deixar tudo isso para trás, a não ser que aconteça algo similar no futuro", ressaltou, em referência à época na qual a McLaren ainda não era dirigida por Whitmarsh.