postado em 29/04/2009 11:33
Para ser campeão paulista, o Santos tem pela frente uma missão que não é das mais fáceis. Derrotar o invicto Corinthians, por três gols de diferença, no próximo domingo, jogando no Pacaembu, onde a maioria da torcida estará com o clube do Parque São Jorge. Difícil sim, impossível não. Este é o lema do Peixe, que se apega ao seu histórico de grandes viradas, para manter viva a esperança de conquistar o 18° título estadual de sua trajetória.
Viradas como sobre o Fluminense, nas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1995, quando os santistas, liderados pelo meia Giovanni reverteram a vantagem do Fluminense, vencendo por 5 x 2, placar que garantiu ao time a passagem para a decisão nacional daquele ano, são motivo de esperança no torcedor.
Além desta, outras vitórias heróicas fazem parte do currículo do Alvinegro Praiano. Em 1963, na final da Taça Libertadores da América, Pelé e cia. não se intimidaram com o caldeira de La Bombonera, ao ganhar, de virada (2 x 1), do Boca Juniors, garantindo desta forma a sua segunda conquista no torneio mais importante das Américas.
Viradas como a sobre o Palmeiras, nas semifinais do Paulistão de 2000, quando o Santos perdia por 2 x 0, até a metade do segundo tempo e virou o jogo, mostram que nada é impossível. Neste Campeonato Paulista mesmo, o Peixe passou as semifinais com uma virada nos últimos minutos, sobre a Ponte Preta, por 3 x 2, no Moisés Lucarelli.
Fora isso, os santistas conseguiram em 19 oportunidades golear os corintianos, ao longo de sua história. Logo no primeiro confronto entre ambos, o Alvinegro Praiano venceu por 6 x 3, em 1913. A maior goleada do time da Vila foi o 8 x 3, registrado em 1927.
Grande parte das goleadas impostas pelo Santos ao Timão aconteceram na Era Pelé. Ao todo, por 10 vezes o Rei do Futebol castigou o rival, com suas jogadas geniais e gols. Depois disso (Era Pelé, que acabou em 1974), o Peixe voltou a golear o Corinthians em mais quatro oportunidades (1995, 2000, 2005 e 2006), todas por 3 x 0, que á diferença que os santistas precisam para erguer a taça de campeão estadual.
No entanto, em nenhuma das ocasiões, o Alvinegro Praiano necessitava ganhar por esta margem de gols, para eliminar o Corinthians ou garantir algum título, o que na visão do técnico Vágner Mancini, torna a missão ainda mais complicada.
"Se torna muito mais difícil. Não há dúvida que você entrar em campo tendo que fazer uma diferença dessas é muito difícil, principalmente por eles não terem tomado essa diferença no campeonato, mas não impossível", afirmou Mancini. "Nós acreditamos. Enquanto sobrar suor, vamos lutar. O Santos não está morto", finalizou o treinador, que espera escrever no próximo domingo, mais uma página nesta história de grandes viradas do clube da Vila Belmiro.