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Reestruturado, Botafogo ignora "trivice" e se orgulha por chegar à final

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postado em 03/05/2009 21:56
Em 2007, o Botafogo vencia o Flamengo por 2 x 0 na final do Carioca, mas cedeu o empate e, nos pênaltis, perdeu para o arquirrival. Em 2009, ocorreu o inverso, mas a reação alvinegra teve o mesmo destino: derrota na decisão para os rubro-negros e o estigma de ;trivice-campeão;. Tudo isso, porém, foi ignorado pelo clube de General Severiano. Claramente abatidos, o presidente Maurício Simões, que assumiu o cargo no fim do ano passado, e Ney Franco, um dos pilares no projeto de um time mais barato nesta temporada, lembraram do desmanche que atingiu a equipe para este ano. Por isso, se dizem até vitoriosos. " Torcedor, diretoria, todos da comissão técnica e os jogadores vão pra casa chateados porque vimos uma possibilidade real de ser campeão. Mas, quando o ano começou, só tínhamos três titulares do ano passado", lembrou o técnico, intensamente apoiado pelo mandatário, que foi ao vestiário do Maracanã apoiar o plantel depois do jogo. "Quando começamos, havia o risco de jogarmos com os juniores e em 5 de janeiro, quando estávamos com o elenco praticamente definido, ninguém acreditou", recordou Mauricio Simões. "Como torcedor, acompanhei as duas últimas finais com o Botafogo. Hoje (domingo), foi a primeira como presidente e estou muito, mas muito orgulhoso deste grupo. E foi isso que disse para eles", contou. Além dos obstáculos e da desconfiança geral, os botafoguenses se disseram satisfeitos pelo que apresentaram neste domingo. "O primeiro tempo foi muito truncado, com ligeira superioridade do Flamengo, que aproveitou duas chances de bola parada. No segundo tempo, tivemos um pênalti a nosso favor não convertido, mas conseguimos empatar e depois o jogo ficou aberto. Os dois times criaram oportunidades", apontou Ney Franco. "Enfrentamos um adversário colocado por todos como campeão, como realmente foi com qualidade para definir as penalidades. Mas nossa equipe jogou o tempo todo em busca da vitória", continuou o treinador. "Pelo trabalho que fizemos desde a montagem do grupo, na reestruturação pela qual passa o Botafogo, gostaríamos muito deste título por toda esta dificuldade e a coroação de um trabalho que está sendo sério". O real sentimento do elenco, porém, foi demonstrado por Fahel, um dos poucos que aceitou falar depois da derrota nas penalidades. Ainda no gramado, o jogador mostrava conformismo. "Faltou converter o pênalti. Voltamos muito bem no segundo tempo, mas perdemos pênaltis e isso acontece. Temos que parabenizar nosso grupo porque fomos muito guerreiros e dar parabéns ao Flamengo pelo título", limitou-se a comentar.

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