Superesportes

Questionado como Keirrison, Ciro se alegra com comparação: 'Ele é um craque'

;

postado em 05/05/2009 10:55
Os dois começaram o ano como promessas e apostas para sucessos de seus times nos Estaduais e na Libertadores. Em maio, mesmo marcando gols, são questionados em seus clubes. Mas as semelhanças com Keirrison não cabem para Ciro. O atacante do Sport, menos de cinco meses mais novo que o palmeirense, fica lisonjeado ao ser comparado a um dos artilheiros do último Brasileiro. "O Keirrison é um craque, um jogador diferenciado. Já demonstrou isso no Brasileiro, no Paulista e tem demonstrado na Libertadores. Só de ser comparado a ele... Estou começando agora, ainda não tive tanta oportunidade", explicou-se o garoto, abrindo o sorriso e demonstrando certo embaraço com as semelhanças. E a história do menino nascido em Salgueiro, em Pernambuco, tem mesmo suas diferenças. Enquanto o então jogador do Coritiba já havia conquistado uma Série B e um Paranaense e brigava para ser goleador do Brasileiro em meio ao assédio até de europeus, Ciro se tornava profissional em julho de 2008. Considerado uma "pepita de ouro" pela diretoria rubro-negra, o atacante iniciou bem: em seu primeiro jogo, sofreu pênalti e fez um belo gol na vitória por 3 x 1 sobre o Ipatinga. E seguiu se destacando até se tornar titular em 2009, inclusive balançando as redes nos 2 x 1 sobre o Colo-Colo, em Santiago, na estreia leonina da Libertadores. A ascensão, porém, foi diminuindo até que o garoto decepcionou na derrota para o Verdão no Recife. Foi para o banco e de lá não saiu mais. "A minha posição e a do Keirrison é muito difícil, a pressão é muito grande. Principalmente quando você está começando, vira um alvo de todos e isso dificulta", argumentou, insistindo em se livrar das comparações. "O Keirrison é um ótimo jogador, sem dúvida. Mas eu sou o Ciro, tenho o meu futebol." É exatamente este futebol que deve tirá-lo da Ilha do Retiro em breve. Ciro está na mira da Traffic, parceira palmeirense, e de outros clubes, do Brasil e do exterior. Entretanto, enquanto ninguém pagar os 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 57 milhões) exigidos pelo Sport para encerrar contrato válido até o fim de 2013, o atacante admira seus adversários desta terça-feira apenas à distância. "Respeito muito o Palmeiras. É uma grande equipe com história de vitórias no Brasil e em toda a América. É um clube que está sempre brigando por títulos. Mas no Palestra Itália vão ser 11 campeões contra 11 campeões e que vença o melhor. Quem errar menos será vitorioso", previu, parecendo conhecer a torcida alviverde mesmo sem nunca ter atuado no Palestra Itália. "Se for por força de torcida, é bem melhor jogar em casa. Mas eu, particularmente, gosto mais de jogar fora de casa. O adversário sobe mais e, quando o adversário sai perdendo, a torcida começa a torcer contra seu próprio time. Isso facilita", contou, indicando, aparentemente sem ter consciência, uma costumeira reação no estádio do Palmeiras.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação