postado em 07/05/2009 15:33
A final dos 200m livre masculina era uma das mais aguardadas desta quinta-feira (7/5) no Troféu Maria Lenk. Nas eliminatórias, Nicolas Oliveira, do Pinheiros, melhorou em mais de um centésimo o recorde sul-americano, com 1min46s90. No entanto, ele não disputou a prova e ficou no hotel após uma crise de pressão alta.
"Hoje ele teve febre e pressão alta. Ele está gripado, sob estresse e fez uma prova excepcional nas eliminatórias. Mas está medicado e passa bem", explicou Marcus Bernhoeft, coordenador médico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Ele aprovou a decisão do Pinheiros de vetar a participação do atleta na final. "O clube optou acertadamente por tirá-lo da prova. A CBDA acompanha o Nicolas há algum tempo. Ele tem hipertensão e controla com anti-hipertensivos. Quando está gripado e/ou sob estresse, a pressão aumenta", explicou Bernhoeft.
Nas eliminatórias da última quarta-feira, o atleta bateu o recorde continental depois de saber que seu pai, Sílvio César de Oliveira, não mais corria riscos após uma séria cirurgia. "Meu pai sofreu um aneurisma na aorta e colocou uma válvula no coração", afirmou o nadador ao site oficial da CBDA após a prova de ontem.
"Ele estava no CTI (Centro de Terapia Intensiva) há dias e eu estava muito nervoso antes de subir no bloco de partida", lembrou Nicolas. "Os médicos chegaram a dizer que caso ele não tivesse feito a operação, não teria seis meses de vida. Ele me disse para que eu não me preocupasse e fizesse o meu melhor", contou o nadador.
Assim como várias pessoas da sua família, Nicolas sofre de hipertensão. "Descobri após o Prêmio Brasil Olímpico de 2007, quando sofri um desmaio", contou. Desde então, o atleta passou a controlar a pressão e mudou a alimentação. "Esta é uma doença silenciosa, muito comum e por isso mesmo, perigosa", alertou.