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Morte de Villeneuve completa 27 anos nesta sexta-feira

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postado em 08/05/2009 15:46
O dia 8 de maio de 2009 marca os 27 anos da morte de Gilles Villeneuve, canadense até hoje considerado um dos melhores pilotos que já passaram pela Fórmula 1. A data é especialmente simbólica porque 27 era o número da Ferrari que o transformou em um mito das pistas. Pai da Jacques Villeneuve, campeão mundial em 1997, Gilles morreu após um acidente nos treinos classificatórios para o GP da Bélgica de 1982, no circuito de Zolder: o piloto, que vinha em sua volta rápida, bateu na traseira do March do alemão Jochen Mass. Com o impacto, o Ferrari número 27 voou, chocou-se contra o muro de proteção, partindo-se ao meio e arremessando o piloto, que só foi declarado morto no hospital. O estilo arrojado do piloto e sua simpatia fizeram com que grande comoção fosse causada à época, apesar de mortes na Fórmula 1 serem relativamente constantes. "Todo mundo ficou abalado após aquilo tudo, mas os treinos continuaram logo depois, normalmente. Foi preciso uma certa frieza da parte de todos. Mesmo assim, a rotina não se alterou muito porque, para nós, que estávamos na pista, ele se encontrava em estado grave - mas vivo - sendo tratado no hospital. Depois, quando soubemos que ele tinha morrido, foi uma calamidade. O Gilles era uma referência, e isso causou impacto em todo mundo", comenta Chico Serra, atualmente na equipe Hot Wheels Racing, da Stock Car - naquele ano, o brasileiro era piloto da equipe Fittipaldi na principal categoria do automobilismo mundial. Ídolo dos brasileiros, Ayrton Senna certa vez declarou que, junto que Niki Lauda, Villeneuve era uma de suas inspirações. "Meus ídolos como pilotos sempre foram Niki Lauda e Gilles Villeneuve. O Lauda pela frieza e o Villeneuve pela agressividade", justificou o tricampeão mundial. Serra, por sua vez, lembra a postura de Gilles dentro e fora das pistas. "Ele tinha um domínio muito grande sobre o carro, andava de lado, era talentosíssimo. Mas, além disso, Gilles exercia um grande papel de liderança entre os pilotos, já que ele era o vice-presidente da GPDA (Grand Prix Drivers Association, a Associação dos Pilotos da F-1) e, apesar da estatura pequena, era um cara sempre valente. Ele tinha uma personalidade muito forte", conta. Apesar da fama, Villeneuve nunca sagrou-se campeão da Fórmula 1: em 68 corridas, ele conquistou seis vitórias. O estilo arrojado também fez com que o piloto abandonasse muitas provas: foram 28, ou 41,18% do total que disputou.

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