postado em 13/05/2009 11:08
Bernie Ecclestone já havia defendido a Ferrari quando as primeiras rusgas entre Luca di Montezemolo e Max Mosley foram trocadas e voltou a fazê-lo depois que os italianos oficializaram sua posição: deixarão a Fórmula 1 após 59 anos caso o 'divisor' teto orçamentário seja mantido para 2010. Segundo o detentor dos direitos comerciais da categoria, o 'matrimônio perfeito' com a escuderia não pode acabar.
Enquanto via o presidente ferrarista, Di Montezemolo, e o homem-forte da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mosley, trocarem farpas quanto ao próximo regulamento da Fórmula 1, Ecclestone já havia intercedido no caso, garantindo que não deixaria o colega britânico 'destruir' a Scuderia.
Nesta quarta-feira, o histórico dirigente agiu de forma semelhante, pedindo calma para tentar abafar a repercussão do comunicado no qual a equipe italiana assegura que não participará do Mundial pela primeira vez desde 1950 se o regulamento que segundo ela divide a categoria for mantido.
"A Ferrari e a F-1 formam um matrimônio perfeito. É tão simples assim, e esse vínculo não vai mudar", afirmou Ecclestone, ressaltando que o time de Maranello é o único que se mantém compromissado com a elite do automobilismo mundial há tanto tempo.
Contudo, o presidente da FOM (Formula One Management, entidade que controla os interesses comerciais da modalidade) admite a dificuldade para chegar a um acordo que agrade aos descontentes. Fora a Ferrari, Renault, BMW, Toyota e Red Bull já ameaçaram encerrar seus projetos esportivos caso a FIA não altere a regra do teto orçamentário que dá benefícios técnicos aos times que não gastarem mais que R$ 127 milhões em 2010.
"Espero que eles não decidam ir embora. Teremos que consertar alguma coisa para que todos sejam felizes, porém não será fácil", encerrou Bernie.