postado em 13/05/2009 13:44
Até chegar ao nome de Franco Ferreiro para defender o Brasil no Zonal Americano da Copa Davis contra a Colômbia, o capitão Francisco Costa recebeu a recusa de pelo menos dois tenistas mais experientes, Marcos Daniel e Ricardo Mello. Embora tenham preferido na ocasião disputar torneios da ATP a defender o país, ambos não estão descartados para o confronto da repescagem do Grupo Mundial com o Equador, conforme assinalou o selecionado.
Enquanto Thomaz Bellucci, Franco Ferreiro, Marcelo Melo e André Sá jogavam com a camisa verde e amarela em Santiago de Tunja na última semana, Daniel estava na disputa do Torneio de Belgrado, em que parou nas quartas de final, e Mello atuava em Estoril, no qual caiu ainda no qualificatório.
Conforme admite Chico Costa, os dois 'desertores', bem mais rodadas que o estreante Ferreiro, eram as primeiras opções para atuar no saibro colombiano, mas opções tomadas anteriormente não tiraram seus nomes da lista de possíveis convocados para receber o Equador, de 18 a 20 de setembro.
"Na verdade não se descarta nenhum dos jogadores que têm feito parte da equipe", assinalou o capitão. Entre Daniel e Mello, a situação mais desconfortável foi a vivida pelo primeiro, que desde o início do ano vem se desentendendo com a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) quanto às cotas de patrocínio distribuídas.
Entretanto, Costa garante que não há problemas com o número 118 do mundo, que na próxima semana retomará a condição de melhor brasileiro no ranking de entradas: "Foi uma opção do atleta. Assim como Bellucci optou por ir à Colômbia, o Marcos preferiu jogar em Belgrado. Isso é muito particular, e não existe uma divergência".
Mello, por sua vez, não vive boa fase, porém contaria com a vantagem de ter superado o principal jogador equatoriano, Nicolás Lapentti, no confronto da Copa Davis de 2006, em Cuenca, vencido pelos visitantes por 4 x 0. Em todo caso, isso não deve ser levado em conta pelo capitão nacional, que considera muito cedo para falar sobre quem pode ser chamado.
"Em Tunja, pensamos em sua convocação - estava entre Mello, Ferreiro e (Thiago) Alves, mas ele foi participar de um ATP (em Estoril). Cada confronto é uma historia. Temos mais de quatro meses até lá, então não estou nem pensando em nomes ainda. Primeiro vamos decidir junto á CBT quais seriam os melhores locais e condições para jogar", explicou.
Ainda que não haja definições quanto ao piso e a cidade que receberão as partidas entre 18 e 20 de setembro, dificilmente o Brasil declinará do saibro. Já as sedes devem ficar entre Rio de Janeiro, que sonha em abrigar as Olimpíadas de 2016, e Fortaleza, cuja candidatura está sendo bancada pela prefeitura.