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Ferrari garante que ameaça é séria: 'Não estamos blefando'

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postado em 14/05/2009 10:54
Na última terça-feira, a Ferrari anunciou que deixará a Fórmula 1 caso o regulamento aprovado para 2010 seja mesmo mantido, e muitos acreditaram que a montadora queria apenas pressionar a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) a ceder no caso do teto orçamentário. Entretanto, um dos acionistas dos italianos, Piero Ferrari, assegura que não há 'blefes' na ameaça recém-realizada. Como único filho ainda vivo de Enzo Ferrari, histórico fundador da empresa que leva seu sobrenome, Piero tem participação no conselho administrativo da marca. Foi justamente esse grupo que emitiu na última terça, após reunião em Maranello, um comunicado no qual oficializou sua posição: deixará a Fórmula 1 caso a categoria seja mesmo 'dividida' em função da limitação de gastos. Comentando o atual contexto ao jornal inglês The Guardian, o acionista da Ferrari lembrou seu pai, que ameaçou rumar para o automobilismo norte-americano na década de 1980. "Ele não estava blefando, era sério. E também o somos nós", garantiu o italiano, falando sobre a posição que defende. "Nossa primeira objeção é quanto ao teto, que achamos ser impossível de controlar. E também é errado permitir que um time que respeita o orçamento tenha mais liberdade", emendou. Na prática, a FIA não pretende impor uma redução de custos, mas a partir de 2010 quem gastar no máximo R$ 127 milhões receberá vantagens técnicas em relação aos demais, podendo testar durante a temporada e utilizar asas móveis, por exemplo. Segundo Piero Ferrari, os representantes de Maranello já estão buscando junto à Fota (associação de times da Fórmula 1) formas para poupar dinheiro na categoria e por isso não seriam necessárias medidas drásticas. "Não é que queiramos gastar. Queremos poupar, e todos os construtores estão confiantes na redução das despesas da F-1. Mas se pode diminuí-las sem um teto orçamentário", apontou ele, antes de concluir. "E todos no grid têm de começar com as mesmas regras. Caso contrário não há competição e um outro alguém é que vai definir o vitorioso".

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