postado em 14/05/2009 11:39
Desde o encerramento da temporada 2008/2009 do voleibol brasileiro, seis equipes (Brasil Telecom, Finasa, Banespa/Medley, Ulbra, Bento Vôlei e Unisul) fecharam ou ameaçaram fechar as portas. Entre todas, houve um denominador comum: a crise e a consequente falta de recursos estavam dificultando as atividades no alto rendimento.
Porém, um dos protagonistas deste cenário não concorda com este argumento: ex-técnico da Unisul, Giovane Gávio acredita que a modalidade não passa por um mau momento.
"Não é crise do voleibol. No caso do Brasil Telecom, por exemplo, a saída se deu porque a empresa foi comprada pela Oi, que cortou os investimentos deles no esporte, não só o vôlei. Na Ulbra houve uma crise da prória universidade. Já no caso da Unisul, ocorreu a troca de reitor e os projetos passaram a ser vistos de uma outra forma", justificou.
Ele ainda argumentou citando os investimentos dos rivais. "O Sada Cruzeiro, por exemplo, está reforçando a equipe. Já a Cimed manteve o mesmo elenco, que é forte. O Minas, até pela tradição que tem, não vai fazer uma equipe que não seja competitiva. O Santander/São Bernardo também ao vai montar um grupo qualquer. UCS e Araçatuba evoluíram bastante e, pelo o que estou sabendo, virão ainda mais fortes", enumerou.
Nesta quarta-feira, Giovane anunciou acordo com o Sesi para trazer a São Paulo a equipe deixada pela Unisul em Joinville. Presidente da entidade e da Fiesp, Paulo Skaf repetiu o discurso otimista.
"Acho que esse (a crise) seria justamente o motivo que nos levou a investir. Fico mais animado ainda ouvindo isso. Sabemos do interesse e da importância que o vôlei tem no Brasil, é o segundo esporte mais popular. Não vamos seguir o que os outros fazem. Temos uma visão de país e não estamos pensando pontualmente", discursou.