Superesportes

CBV refuta conflito com a Globo para favorecer patrocinadores

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postado em 14/05/2009 16:00
Presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, revelou nesta quinta-feira (14/5) que está negociando formas de mudar a transmissão para a TV dos jogos da Superliga. Mas que não se iludam os fãs de vôlei e os patrocinadores sedentos por verem suas marcas mencionadas pelos narradores. "Sou deste tamanhinho. Você acha que eu vou enfrentar quem?", comentou o dirigente, ao ser questionado sobre se a CBV não poderia intervir a favor dos patrocinadores para que as empresas sejam citadas e não apenas o nome da cidade/região, como ocorre hoje. "Recebo e-mail para caramba me chamando de pelego da Globo, mas como vou fazer alguma coisa contra eles, contra o Correio Braziliense ou contra qualquer outro?", afirmou. Isso, no entanto, não significa que a CBV vá se abster nesta briga: Graça deixou claro que pretende seguir o caminho do diálogo. "Esse assunto vem sendo debatido há anos, mas agora o voleibol está conversando muito seriamente com as TVs, principalmente a Globo. Não é só um item, é geral, mas eles estão muito interessados", garantiu. Entre as alterações está um close menor nas entrevistas, de forma que a marca dos patrocinadores fique exposta. "Vamos conversar para que ver qual modelo poderíamos criar. Eu acho que vai haver uma solução conciliadora para todo mundo", animou-se. O contrato entre CBV e Globo para transmissão da Superliga é válido até o final do ano que vem - Ary admite que está negociando com "TVs", mas nega ter aberto concorrência pelos direitos. "Falar ou não falar o nome deixa de ser importante na medida em que haja uma recompensa com isso. Tudo é negociado", declarou o presidente. "Nós, que somos ainda pequenos, modestos, temos mais que ouvir que falar. Pedir é um direito nosso e vamos dialogar e insistir em pontos de vista", prometeu. Regulamento - Uma das reclamações mais constantes de dirigentes e jogadores é o fato de a final da Superliga masculina e feminina ser disputada em jogo único no Rio de Janeiro, uma exigência da Globo. Ary, porém, se defendeu. "Isso não foi imposto por nós. O que é melhor: ter a TV X conosco em um jogo ou não ter em vários? Essa TV deu ibope de 26 pontos, então eles estavam falando para milhões de pessoas. É bom ou ruim? Os clubes decidiram que era bom", argumentou. Dirigente do Santander/São Bernardo, José Montanaro Jr. confirma. "Claro que é ruim jogar longe da torcida, mas são minutos de exposição em TV aberta que valem muito para o patrocinador", afirmou. De fato, a Gazeta Esportiva.Net apurou que o atual modelo de regulamento vem agradando aos times e a tendência é que ele seja mantido para 2010.

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