postado em 15/05/2009 14:50
A insatisfação da Ferrari com o teto orçamentário da Fórmula 1, prometido para 2010, vai além da ameaça em deixar a categoria ao término desta temporada: para barrar a medida, a escuderia italiana entrou com uma ação na Justiça da França, país onde está localizada a sede da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
"Não sei os detalhes, mas parece que é uma ação com o objetivo de parar o que estamos fazendo", afirmou o presidente da entidade, Max Mosley - o dirigente é o grande defensor da regra na qual as equipes que gastarem até 40 milhões de libras (cerca de R$ 127 milhões) por ano terão uma série de vantagens técnicas a partir de 2010.
"Expliquei que não podemos mudar a data (da vigência da nova regra), pois tudo já está publicado e não podemos prejudicar o potencial de novas equipes aderirem à Fórmula 1", argumentou Mosley. "Mas estou disposto a ouvir o que todos têm a dizer", emendou.
Os opositores do teto orçamentário alegam que a regra criará duas categorias dentro de uma, já que nem todo mundo correrá sob as mesmas regras. Porém, Mosley tratou de desqualificar este argumento.
"Queremos que todo mundo obedeça ao mesmo regulamento, com todo mundo dentro do limite de custos. É isso o que eles precisam considerar", comentou o dirigente. "Não entendo o porquê eles não querem competir desta forma, o que significaria um gradual relaxamento das regras técnicas. No final, essa escolha significa ou liberdade intelectual e cortes financeiros ou cortes intelectuais e liberdade financeira", explicou.
"É uma coisa que os próprios engenheiros querem, já que a atual Fórmula 1 consiste em refinamento e altos gastos, ao passo que eu quero invenção e criatividade. Porém, não dá para fazer isso com o orçamento livre, pois nem todos teriam condições de pagar", justificou.