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Brasileira quer ser a primeira mulher a vencer em Indianápolis

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postado em 19/05/2009 17:28
Mulher brasileira de maior sucesso no automobilismo mundial, Ana Beatriz Figueiredo, a Bia, quer se tornar a primeira piloto do sexo feminino a triunfar em Indianápolis - apesar de não estar classificada para as 500 Milhas, a paulista vai disputar na sexta-feira (22/5) as 100 Milhas, etapa da Indy Lights, espécie de categoria de base dos monopostos norte-americanos. "As 500 Milhas é a prova mais importante do ano na Indy. Na Indy Lights é a mesma coisa. Indianápolis é algo mágico no automobilismo. Vencer uma corrida em Indy significa o reconhecimento mundial e te faz entrar para a história. No meu caso, ter a chance de ser a primeira mulher a vencer em Indianápolis seria algo fantástico", afirmou a brasileira. Esta será a segunda 100 Milhas de Indianápolis de Bia, cidade onde ela reside nos Estados Unidos. No ano passado, em sua temporada de estréia na categoria, a piloto terminou na quinta posição e se tornou a primeira mulher do mundo a chegar no top five das 100 Milhas de Indianápolis. "Não tem nada que se compare com a pista de Indianápolis", comenta a piloto da Sam Schmidt Motorsports. "Para mim, é um circuito misto com quatro curvas. As retas são superlongas e as curvas são em 90 graus. Lá, atingimos a maior velocidade possível, uns 370 km/h na IndyCar Series e uns 310 km/h na Lights. Mas, quando se toca no muro, por causa da velocidade, a batida é mais forte do que nos outros circuitos ovais", explicou. Ela alimenta boas expectativas ("Acredito que seremos fortes na corrida"), mas está preparada para dois dias de trabalho duro. "Esta é a corrida mais importante do ano na Indy Lights, o que me dá ainda mais vontade de vencer. Mas também é uma prova em que tem mais pressão. Todos estão te olhando: chefes de equipe, patrocinadores, imprensa e fãs do mundo todo. É um grande desafio", avaliou Ana Beatriz. Além disso, há as exigências técnicas. "Não é uma corrida fácil. Tem que controlar o desgaste dos pneus, já que o asfalto de Indianápolis é superabrasivo e, ao mesmo tempo, planejar como ultrapassar e como não ser ultrapassada, já que as retas de Indianápolis são imensas", explica a piloto. Nos treinos coletivos realizados em 5 de maio, percorrendo as 2,5 milhas do circuito em 47s2190, Bia foi a mais rápida da tarde e terminou o dia na sexta posição. "De manhã, quando a pista estava fria e rápida, trabalhamos no carro e não andamos no tráfego. Conseguimos melhorar algumas coisas, ficamos mais rápidos e fizemos o melhor tempo da tarde. Fiquei feliz com a nossa velocidade no final do treino", contou. Desde que as atividades da Indy 500 foram iniciadas, no começo deste mês de maio, Bia tem ido ao autódromo diariamente, acompanhando de perto todos os preparativos. "A Sam Schmidt tem um carro nas 500 Milhas de Indianápolis, número 99, do Alex Lloyd, e é uma bela oportunidade para entender como as coisas funcionam nos carro da Indy", afirmou.

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