postado em 21/05/2009 12:35
Anunciada na última terça-feira, a decisão da Fina (Federação Internacional de Natação) de barrar os 'supermaiôs' que renderam três quebras de recordes mundiais neste mês segue dando o que falar. Atual campeão olímpico dos 100m livres, o francês Alain Bernard classificou de 'aberrante' a novidade, que segundo o atleta tem motivos políticos, visto que a patrocinadora oficial da entidade, a Speedo, é concorrente das fabricantes dos novos trajes.
Apenas nas últimas duas semanas, três recordes mundiais foram deixados para trás por nadadores que utilizavam o J.01, da Jaked, ou o X-Gilde, da Arena: os franceses Bernard e Frederick Bousquet derrubaram respectivamente as melhores marcados dos 100m e dos 50m livres, enquanto o brasileiro Felipe França o fez nos 50m peito.
Grande entusiasta do X-Glide, maiô que também vinha sendo testado por um de seus principais rivais, César Cielo, Bernard afirmou ao jornal L'Equipe que a atitude da FINA foi uma 'aberração'. "O que me inquieta é a falta de claridade, do nada resolveram voltas atrás", afirmou, lembrando que anteriormente o órgão havia liberado os maiôs.
A tese do gaulês, nesse contexto, atenta para razões que excedem as piscinas e não têm relação com a impermeabilidade dos trajes que estão proibidos. "Pode ser que a Speedo, a principal patrocinadora da FINA, tenha colocado pressão porque ela não desenvolveu um bom produto". Vale lembrar que o modelo da marca norte-americana, o LZR Racer, era considerado de ponta até as Olimpíadas de Pequim, na qual foi utilizado por Michael Phelps, porém acabou superado pela concorrência.