postado em 25/05/2009 12:46
Menos de duas semanas após confirmar o "resgate" da equipe da Tigre/Unisul/Joinville, o Sesi apresentou nesta segunda-feira a equipe que defenderá a cidade de São Paulo na próxima temporada do vôlei brasileiro. Com nomes como o oposto Anderson e o ponteiro Felipe Chupita, repatriado após seis temporadas no exterior, a nova equipe sonha alto e quer acabar com a hegemonia de Cimed e Minas no cenário nacional.
Porém, o grupo comandado por Giovane Gávio ainda barra em um detalhe: não tem vaga garantida na próxima Superliga masculina de vôlei e dependerá da boa vontade da CBV para tentar o título nacional. "Nosso time surgiu após o final das inscrições da Liga Nacional (torneio prévio que os times pleiteantes à Superliga devem disputar). Então, temos que aguardar uma oportunidade da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)", afirmou o treinador.
Giovane se refere aos dois convites que a CBV costuma disponibilizar dois convites. E, para que um deles venha para o Sesi, os dirigentes já começaram a se mexer. "Temos certeza que eles irão ajudar uma equipe grande representante de São Paulo a entrar na Superliga, até porque donos de vaga, como a antiga Unisul, já desistiram de seus lugares", afirmou Renato Pera, presidente da Federação Paulista de Vôlei (FPV).
A confiança de estar na disputa nacional é tanta que o elenco já está praticamente montado, parte de um investimento que chegará a R$ 5 milhões por temporada. Além de Anderson e Chupita, o elenco contará com destaques da última Superliga, como Filipe, ex-Santander, e o levantador Daniel, do Minas.
André "Japa", Geraldo "Goiano", Jeff, Vini, Jotinha, Gustavão, Diego, Enoch e Tiago Barth, atualmente na seleção brasileira, são outros atletas confirmados. "Esta é a base da equipe. Ainda preciso de quatro jogadores, mas a ideia é investir em novos talentos, atletas das seleções de base", explicou Giovane.
De acordo com o bicampeão olímpico, alguns outros nomes foram sondados, mas a prioridade foi dada para aqueles que realmente abraçaram o novo projeto. "Evitamos jogadores que entraram em leilão. A totalidade que está aqui é porque acredita na gente e não pensou só no dinheiro. Acredito que esta é a maneira mais fácil e ética de trabalhar", afirmou.
E Giovane quer usar justamente este espírito de união para surpreender logo no primeiro ano do Sesi, assim como fez a Cimed, campeã da Superliga logo em sua primeira temporada (2005/2006). "Temos que ter sangue na boca. Podemos até perder, mas se isso acontecer será porque o adversário foi muito superior. Se ele for só um pouco melhor, vamos ganhar na raça", prometeu.
A nova equipe paulista treinará na unidade do Sesi da Vila Leopoldina (zona Oeste de São Paulo) e já começa os trabalhos no próximo dia 8 - a primeira disputa será o Campeonato Paulista, ainda sem calendário divulgado.
"Senti a vibração nos olhos de todos", comemorou o presidente do Sesi, Paulo Skaf. "Tenho a convicção de que eles vão dar o máximo de si e espero que o trabalho deles possa inspirar as 120 mil crianças que atendemos em nossas unidades", destacou.
Sobre a possibilidade de a TV Globo omitir o real nome da equipe nas transmissões, Skaf mostrou-se despreocupado. "Não vamos sofrer por antecipação", sorriu o dirigente. "Mas quero lembrar que o Sesi não é uma empresa que visa lucros, mas sim uma instituição que serve a sociedade, dando educação e formação aos jovens", encerrou.