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Timão entra na reta final de projeto 'econômico' do Pacaembu

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postado em 26/05/2009 10:38
O Corinthians planeja entregar por volta da semana que vem à Prefeitura de São Paulo o projeto de gerenciamento do Pacaembu para os próximos 20 anos. O clube do Parque São Jorge, principal interessado na concessão do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, estudar gastar, no máximo, R$ 100 milhões para ficar com a posse temporária do local. A Prefeitura esperava a entrega do projeto corintiano entre o final de abril e o começo de maio. Entretanto, para que todos os pormenores exigidos possam ser cumpridos com o melhor custo-benefício possível, o Timão optou por adiar em quase um mês a conclusão do estudo realizado pelo arquiteto responsável, Aníbal Coutinho. As conversas na Câmara Municipal têm chances de ter início nos primeiros dias de junho. "Estamos só esperando o arquiteto", afirmou o vice-presidente corintiano de marketing, Luís Paulo Rosenberg. "Nosso projeto tem como principal característica preservar o conjunto arquitetônico do estádio. Queremos uma boa estrutura, otimizando a entrada e saída da torcida, os estacionamentos, o abafamento de ruídos...", enumerou. Dentre as principais exigências da Prefeitura paulistana para ceder o Pacaembu ao Corinthians estão a manutenção das estruturas e do nome oficial do estádio, o funcionamento do Clube-escola (inclusive ginásios e piscinas) e do Museu do Futebol. O maior impasse para essa concessão é a Associação de Moradores Viva Pacaembu, receosa quanto à permissão de uso exclusivo ao Timão. Enquanto o debate entre as partes envolvidas não é iniciado, Rosenberg mantém as pesquisas a fim de encontrar o projeto que se adapta melhor às realidades financeiras do Corinthians: semelhante um carro popular, com direito a alguns assessórios de luxo. "Queremos o projeto mais rentável possível. Há um estudo que prevê gastos faraônicos, de R$ 250 milhões, mas não tem 'porra-louquice'", informou o vice de marketing do Timão, que caprichou ma metáfora: "Temos um orçamento de R$ 100 milhões, nem um centavo a mais. Não queremos o melhor carro do mercado, mas um Gol com direção hidráulica e ar-condicionado". A cautela do dirigente corintiano é compreensível: não aumentar o rombo corintiano. Conforme anunciado nesta segunda-feira, o clube fechou 2008 com uma dívida total de pouco mais de R$ 97 milhões. "Se alguém quiser nos oferecer um estádio de R$ 250 mi, eu aceitaria de braços abertos e até ajudaria com R$ 100 milhões. Mas não posso passar mais dívidas para as próximas gerações", explicou. Por enquanto, porém, a única promessa de Rosenberg é o empenho para manter a casa do Coringão: "Vou lutar.até o momento final pelo Pacaembu, que é a nossa casa. Construir um novo estádio é a última coisa que eu quero", finalizou Luís Paulo Rosenberg.

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