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Vitor Meira está fora da Indy-2009

Brasiliense Vitor Meira ficará de quatro a seis meses em recuperação do acidente sofrido nas 500 Milhas de Indianápolis. Ele sofreu fratura em uma vértebra da região lombar. Cirurgia não está descartada

postado em 26/05/2009 11:17
A temporada 2009 da Fórmula Indy acabou mais cedo para o brasiliense Vitor Meira, 32 anos. A confirmação foi feita pelo próprio piloto, um dia após o acidente que ele sofreu na volta 174 das 500 Milhas de Indianápolis, no domingo. Internado no Hospital Metodista, sob a supervisão dos pais, Haroldo Meira e Maria Lúcia, e da sua mulher, Adriana Schittini, ele revelou, em entrevista ao Correio, que a recuperação deve demorar de quatro a seis meses. Os exames apontaram fratura na vértebra L2, localizada na região lombar. De acordo com o médico Terry Trammel, um dos maiores especialistas em ortopedia do planeta ; responsável, por exemplo, pela recuperação de pilotos como Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet ;, foi constatada também uma fratura na L1, ocorrida há algum tempo e já calcificada. A ordem é que o brasiliense tenha o máximo de repouso, com o objetivo de tentar evitar a cirurgia. A operação só deve ser necessária se não ocorrer a calcificação do osso. Nesse caso, a opção seria colocar uma placa de metal na vértebra. ;Se colocar essa placa, o movimento não será mais o mesmo;, ponderou Vitor. Ele deve receber alta possivelmente amanhã e ficará em recuperação na sua casa, em Miami. ;A cada duas semanas, nos próximos dois meses, terei de passar por exames de raios x. O médico quer acompanhar de perto a minha evolução. Então, só depois vou pensar se é conveniente ir ao Brasil;, ressaltou. ;Quem sabe não faço uma corrida em outubro? No momento tenho de pensar em ficar 100% saudável para testar o carro no ano que vem. Não sou o primeiro nem o último a sofrer um acidente e espero me recuperar bem, pois pilotar é o que fiz minha vida inteira.; Ainda sob o efeito dos remédios para amenizar as dores, Vitor Meira brincou: ;Se tivesse ficado em casa no domingo teria ganho muito mais;. O brasiliense afirmou que o dia da corrida foi recheado de tensão e sustos. Antes da batida, houve um princípio de incêndio no motor do carro dele durante um pit stop. ;A equipe me liberou para sair e a mangueira de combustível que estava no carro escapou;, comentou. Batida Em relação ao acidente, o piloto contou que ele e o também brasileiro Raphael Matos disputavam posições depois de os dois terem saído mal de seus pit stops. Vitor confirmou que o colega estava mais veloz e ia tentar passá-lo. ;Foi tudo tão rápido que não dá para processar. Só me lembro de que estava por dentro da pista e ele por fora. Comecei a tirar o pé do acelerador para entrar na curva. Daí aconteceu a batida e quando abri os olhos meu carro estava de cabeça para baixo. Senti minhas costas doendo e me preocupei em sair do carro.; Vitor foi levado ao Centro Médico de Indianápolis e depois transferido para o Hospital Metodista. ;Aqui fizeram vários exames de ressonância e radiografia. Viram a fratura na vértebra L2. Ela quebrou no meio;, explicou. ;O interessante é que identificaram uma outra fratura, na L1, só que essa já está calcificada. Deve ser de algum acidente anterior, mas nunca senti nada.; Para o piloto da equipe Aj.Foyt Racing, o problema é ficar pela primeira vez sem correr por tanto tempo. Ele lamentou também o fato de ter de parar um trabalho que vinha dando certo na escuderia. ;Conseguimos desenvolver o carro e, em relação às outras equipes, a Foyt começou a melhorar. Estávamos bem esperançosos nesta temporada. Nas 500 Milhas mesmo consegui correr entre os 10 primeiros colocados.; Leia mais na edição desta terça-feira (26/5) do Correio Braziliense

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