postado em 28/05/2009 14:42
Depois do treinamento do Fluminense na manhã desta quinta-feira, o goleiro Fernando Henrique comentou sobre o depoimento que prestou na noite de ontem à 9ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Havia suspeita de seguranças do arqueiro terem sido os responsáveis pelos tiros disparados durante um protesto de torcedores organizados nas Laranjeiras, na última terça-feira.
"Expliquei na delegacia que o Robson não é meu segurança. Ele é despachante e estava aqui para fazer um serviço no meu carro. O Robson não é nenhum marginal ou bandido. Ele tem porte de arma, acabou atirando para o alto e, se não fosse isso, a situação poderia ter ficado bem pior", disse o guarda-metas. "Falei com alguns membros da torcida e disse que eles têm o direito de protestar, mas não desse jeito. Ninguém aqui é moleque, tem muito pai de família e agressão não leva ninguém a lugar nenhum".
No episódio de terça-feira, um torcedor agrediu o volante Diguinho com um soco no rosto. A atitude teria sido motivada em função de o jogador ter ido a uma boate no final de semana, o que a torcida não teria tolerado em meio a má fase do time tricolor. Fernando Henrique defendeu o companheiro da acusação e fez questão de lembrar que, fora de campo, os jogadores devem levar uma vida comum.
"Quando os resultados não são favoráveis é preciso buscar alguma coisa. Eles disseram que o Diguinho foi à uma boate no fim de semana e ele tem a passagem comprovando que estava em Porto Alegre. Não tenho o que esconder, jogador tem vida normal. Se o Fluminense ganha e temos folga podemos sair, eu mesmo saio. Foi um momento de estresse deles com os jogadores e isso não pode abalar o nosso dia-a-dia", apontou o goleiro, que garantiu nunca ter visto uma revolta dessas em dez anos de clube.