postado em 28/05/2009 21:14
O sonho continental do Defensor Sporting ficou mais complicado de ser conquistado. Mesmo atuando no estádio Centenário, a equipe uruguaia acabou sendo derrotada na noite desta quinta-feira pelo Estudiantes, pelo placar de 1 x 0. A experiência argentina fez a diferença dentro de campo e o único tento assinalado foi através do zagueiro Leandro Desábato, o mesmo do 'Caso Grafite', ocorrido na Libertadores de 2005.
Com o resultado conquistado nesta noite, no Uruguai, o Estudiantes de La Plata vai para o confronto da volta em uma situação muito confortável. Para ser eliminado da Copa Libertadores da América, a equipe de Verón precisará ser derrotada por uma diferença de dois gols, ou por um placar de um tento de vantagem superior a 1 x 0.
As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 18 de junho, uma quinta-feira, às 21h15, no estádio Ciudad de La Plata.
O jogo
Embalado por eliminar o Boca Juniors, 'bicho papão' da atual Libertadores, o Defensor iniciou a partida no campo de ataque e pressionando os argentinos. Logo aos cinco minutos, a bola aérea dos uruguaios exigiu a primeira boa intervenção de Mariano Andújar. Os primeiros minutos foram totalmente de domínio dos donos da casa.
Contudo, a eficiência do Estudiantes começou a aparecer aos nove minutos. Devolvendo na mesma moeda dos uruguaios, Mauro Boselli cabeceou livre dentro da área e exigiu grande defesa de Martín Silva, principal responsável pela classificação do Defensor após operar verdadeiros milagres em La Bombonera. No rebote, Desábato chutou e exigiu outra grande defesa do goleiro uruguaio.
Mas a mudança no panorama do jogo mostrou a melhor qualidade técnica do Estudiantes, que abriu o placar com 12 minutos. Em cobrança de falta, Juan Sebastián Verón cruzou para o meio da área uruguaia e, após desvio de Álvaro Navarro, o zagueiro Leandro Desábato (o mesmo do episódio racista com Grafite) antecipou a defesa rival e cabeceou para dentro das redes, sem chances para Martín Silva.
Os donos da casa sentiram o gol argentino e começaram a cometer faltas mais duras. Aos 26 minutos, após o árbitro marcar falta de ataque, o zagueiro Jorge Curbelo deu um pontapé em Marcos Angeleri. O lateral do Estudiantes, por sua vez, revidou a agressão. Bem posicionado, Juan Soto mostrou o cartão vermelho para os dois jogadores e deixou os dois times com 10 atletas.
A última grande chance dos uruguaios no primeiro tempo aconteceu aos 30 minutos. Julio Marchant, ex-Boca, cruzou para dentro da área, na cabeça de Navarro, que antecipou a saída em falso de Andújar e quase empatou o confronto no estádio Centenário. Dois minutos depois, Boselli devolveu a chance perigosa e exigiu mais uma boa defesa de Silva, a última dos 45 minutos iniciais.
Melhor durante boa parte da primeira etapa, o Estudiantes retornou melhor ao gramado e ficou próximo de anotar o segundo gol. Aos três minutos, Verón descolou bom passe para Boselli, o atacante argentino saiu na cara do gol e com a ponta da chuteira por pouco não aumentou a vantagem.
Os visitantes seguiam com o domínio da posse de bola e pouco eram ameaçados pela equipe rival. Principal atacante do Estudiantes, Mauro Boselli criou outra grande oportunidade e ficou próximo de marcar o segundo gol. Aos 23 minutos, Gaglianone se complicou na saída de bola e o esférico sobrou para o argentino. Boselli cortou para o pé esquerdo e da ponta direita da área arrematou uma bomba no travessão, assustando o estádio Centenário.
Em situação complicada no duelo, o Defensor partiu para o desespero nos minutos finais do jogo. Com 33 minutos, Andújar fez boa defesa após a bola sobrar para Rodrigo Mora.
Abatidos, os uruguaios não mantiveram o ritmo nos momentos finais e a grande atuação contra o Boca Juniors acabou ficando nas oitavas de final. Enfrentando outro argentino, o Defensor fica em uma situação muito complicada na Libertadores.