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Muricy não vê maldade em Borges e diz que barraria até Pelé

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postado em 29/05/2009 19:19
As reclamações do atacante Borges sobre a condição de reserva no São Paulo não irritaram o técnico Muricy Ramalho, que viu com naturalidade a insatisfação do jogador. O treinador explicou que seguiu a coerência na formação do Tricolor no Mineirão e alegou que barraria até Pelé para poder escalar Washington e Dagoberto contra o Cruzeiro. "Eu sou o tipo de treinador que, se vejo alguma maldade, o cara nem concentra. Não tem esse papo de sentimento e não tem saia-justa coisa nenhuma. Se o cara faz uma coisa séria, sai. Mas vi a declaração e achei tranquila. Ele falou a verdade, pois respeita treinador e diretoria. É a obrigação dele respeitar. Mas se ele joga ou não (no domingo), não vou falar", comentou. Muricy esclareceu que Borges foi prejudicado pela contusão que sofreu na cabeça na semana passada, quando foi vetado para participar do jogo contra o Palmeiras. Washington e Dagoberto agradaram o treinador no clássico e foram mantidos diante do Cruzeiro, na noite de quarta, pela Copa Libertadores. "Na semana do jogo do Palmeiras, ele seria titular e nós esperamos até sexta, mas ele disse que não daria para jogar por causa da dor de cabeça. Eu não forço ninguém a jogar e falei para passar o fim de semana em casa, mas tenho um critério justo. No domingo, os dois que entraram foram muito bem. Quando é assim, não tem jeito. Poderia ser até o Pelé (na reserva), porque os dois que jogaram foram bem e continuaram", justificou. O treinador descartou conversar com Borges sobre o assunto e alegou que criaria problemas com Washington e Dagoberto se barrasse um dos dois depois do clássico. "Não poderia colocar o Borges e prejudicar os outros. Eu tenho critério e sou livre nesse negócio, não rasgo dinheiro. Eu também ficava bravo quando não jogava, mas entrou um colega e jogou bem. Ele tem de entender. Se eu achasse necessário conversar, iria direto no cara e não jogaria o jogador para vocês (jornalistas). Mas não foi coisa grave e não precisei conversar com ele", comentou. Apesar de Borges ter se mostrado disposto a repensar o futuro (tem contrato até dezembro), Muricy Ramalho não se mostrou preocupado. "Isso é problema dele e uma coisa particular, cada um sabe o que faz. Eu o trouxe para cá e nunca brequei ninguém. Já falaram que o São Paulo acabou quando saíram Mineiro, Josué... Mas ninguém é mais importante que o São Paulo. Aqui tem história e uma camisa muito grande", finalizou.

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