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Obina agrada filha e desabafa: 'Para quem me criticava, está aí'

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postado em 01/06/2009 08:36
Na primeira vez em que foi titular do Palmeiras, Obina foi mal no primeiro tempo. Errava no domínio e nos passes. A torcida, porém, o perdoava por sua garra - dava carrinhos mesmo em bolas que saíam pela lateral. A disposição foi premiada com um gol em que o atacante demonstrou estilo para matar a bola. Era a hora de desabafar. "Tantos me criticaram, tanto falaram mal de mim, que eu não tinha mais qualidade para jogar em um time grande, que eu não ia mais fazer gol... É assim que se mostra. Está aí", declarou Obina na saída de campo, depois de fazer seu primeiro gol desde 30 de novembro, quando ainda estava no Flamengo. Mesmo em jejum, o jogador ganhou simpatia da torcida. Como quando entrou na sua estreia na quinta-feira contra o Nacional do Uruguai no Palestra Italia, teve seu nome intensamente gritado no empate por 2 x 2 com o Barueri neste domingo. E já pensava no que ia ouvir quando chegar em casa. "Minha filha, de dois anos, me cobrava, falava 'Papai, gol!'. Com certeza ela e minha família ficaram felizes. O gol ia sair a qualquer momento, sabia que não ia ficar um ano sem fazer gol. E a torcida me passou confiança, quero retribuir trabalhando a cada dia. Tive um prazer muito grande em fazer este gol", disse, aliviado. Um resultado tão rápido em uma contratação inicialmente reprovada deixa Luxemburgo em êxtase. O técnico desafiou os críticos a elogiarem Obina quando ele tivesse sucesso, e hoje comemora o fato de a torcida, que em parte está impaciente com o treinador e jogadores como Fabinho Capixaba, Marquinhos e Jumar, apoiar o ex-flamenguista. "Coloquei o Obina na quinta-feira por um fator emocional. A torcida o abraçou por ser um jogador guerreiro, voluntarioso. E que sabe fazer gols, só não estava fazendo no Flamengo. Gosto do comportamento dele. Tenho certeza que o Obina vai ter sucesso no Palmeiras", apostou Luxemburgo. E o atacante, mais sorridente do que em seus últimos dias no Flamengo, tem a mesma convicção. "É complicado ficar seis meses sem marcar gol. Sei o quanto me criticaram, mas tenho um potencial grande, confio em mim. Vou ajudar muito o Palmeiras. Espero que este seja o primeiro de muitos gols. E sei que posso marcar mais", prometeu.

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