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Para pagar dívida, Sport tenta sensibilizar Leão nesta terça

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postado em 01/06/2009 21:49
O último time de Emerson Leão como goleiro e o seu primeiro como técnico foi o Sport. E foi comandando o rubro-negro pernambucano que o ex-goleiro assumiu a seleção brasileira, em 2000. São estes fatos que o clube utilizará para convencê-lo a parcelar uma dívida de mais de nove anos para voltar a trabalhar no Recife. Os salários, excluindo o passivo, já foram acordados entre as duas partes. O vice-presidente de futebol Guilherme Beltrão está em São Paulo, onde convidou Leão a substituir Nelsinho Baptista, que pediu demissão na quinta-feira. A primeira conversa aconteceu na tarde desta segunda-feira na casa do treinador, com a intenção de discutir a dívida de R$ 2,5 milhões entre o clube e o ex-goleiro. A pedida do técnico, no entanto, surpreendeu o cartola nordestino. "O presente já está acertado, o que falta é o passado. Ele já aceitou o salário no novo contrato e agora precisamos conversar sobre a dívida. O Leão aceitou parcelar, mas a entrada é algo que o Sport não pode pagar. Vamos tentar sensibilizá-lo em uma conversa às 10 horas da manhã de amanhã (terça-feira)", contou Beltrão. A ideia rubro-negra é pagar o passivo junto com os vencimentos mensais. A primeira parte, porém, deveria ser desembolsada no momento em que Leão assinar o novo vínculo, uma quantia que ultrapassa o orçamento do clube. Mas o Sport nem cogita fazer empréstimos para trazer o ex-goleiro. A diretoria já acertou um salário superior ao que recebia Nelsinho e, agora, aposta no sentimental do treinador. "O Sport sempre cumpre seus compromissos, mas com um orçamento muito apertado. Estamos dispostos a resolver. E o Leão sempre foi muito receptivo, muito cortês e gentil com o Sport. O sentimento dele com o nosso clube é diferente. Vamos tentar sensibilizá-lo amanhã", reforçou o dirigente. Após a primeira reunião, Leão se mostrou feliz por ver, pelo menos, uma tentativa de ser ressarcido pelo que lhe devem. "O Sport é o único clube que me deve e vejo uma vontade maior de acertar a dívida antiga. Isso vai prevalecer no contrato novo", disse o técnico à Rádio Globo, mostrando otimismo. "Encaminhamos cerca de 60%, está quase acertado. Deve andar, mas só estará pronta quando estiver no papel. Às vezes, a coisa está bem encaminhada e para. Por isso, aprendi a não dizer que as coisas estão prontas", explicou o ex-goleiro. "Amanhã voltaremos a nos encontrar para ver se acertamos o que passou", completou.

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