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Azarão, Magic desafia histórico de mais um rival: Lakers

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postado em 04/06/2009 09:48
Embora tenha chegado a liderar a NBA e terminado a temporada regular com o quarto melhor retrospecto de todos, o Orlando Magic foi dado como zebra nos playoffs: primeiro contra o Boston Celtics e depois ante o Cleveland Cavaliers. De tanto descumprir os prognósticos, a equipe agora admite até gostar de não ser a favorita e passa essa condição ao Los Angeles Lakers, que recebe o oponente na noite desta quinta-feira para abrir a série melhor de sete que vale o título da liga. Pelos números, o favoritismo dos Lakers é praticamente incontestável. Além de ter um recorde melhor na NBA e de haver encontrado mais facilidades nos playoffs até aqui, a franquia conta com um retrospecto de 14 anéis de campeão em 30 finais disputadas, enquanto que o Magic, a partir das 22h (de Brasília) desta quinta, jogará apenas sua segunda decisão - perdeu em 1995 para o Houston Rockets. A maior experiência dos californianos também fica clara quando se compara os técnicos Phil Jackson, maior ganhador da competição com nove conquistas, e Stan Van Gundy, um novato nesse nível. Por esses motivos, e também porque a tática de se colocar como azarão já deu certo diante de Celtics e Cavs, Dwight Howard novamente não se importa com as previsões favoráveis aos adversários. "Sempre temos sido menosprezados", afirmou o pivô de Orlando. "Não queremos ser aqueles escolhidos por todos, porque somos jovens. Se apostam contra nós, isso nos motiva". Já sabendo que o Magic tentaria deixar a pressão para lado roxo e amarelo, Kobe Bryant vê a questão por um outro lado. O astro dos Lakers observa o retrospecto para apontar que o time da Flórida não é zebra: "Eles nos bateram em três dos últimos quatro encontros. Então estamos muito, muito preocupados". Homem que perdeu o posto de MVP do basquete norte-americano para LeBron James, o jogador tem ainda outra motivação para ganhar seu quarto título: fazê-lo de forma inédita sem Shaquille O'Neal - o atual pivô do Phoenix Suns dividia as atenções com o ala-armador quando Los Angeles se consagrou em 2000, 2001 e 2002. "Para mim isso não significa nada", diz Kobe, tentando desconversar. "Quero vencer mais uma". Se nega a preocupação com Shaq, o atual campeão olímpico pode usar essa oportunidade ao menos para calar as críticas que pipocaram após a acachapante derrota por 4 x 1 para os Celtics na última final da NBA. É esse o caminho tomado por Pau Gasol, que assim como o companheiro foi atacado por causa da decepção de um ano atrás. "Ficamos tristes com aquela derrota. Deveríamos ter feito melhor do que fizemos. Isso não aconteceu, e estamos aqui de novo", afirma o espanhol. Reforço em Orlando? Em busca de um título inédito, o Orlando Magic já assumiu novamente o rótulo de azarão, mas ostenta um diferencial na comparação com o Los Angeles Laker: a homogeneidade de seu plantel. Fora o fato de ostentarem três atletas com médias de mais de 15 pontos em 2008/09 (Dwight Howard, Rashard Lewis e Hedo Turkoglu), a equipe pode aumentar ainda mais essa característica a partir do ingresso de Jameer Nelson. Armador que foi destaque durante no fim do ano passado e no início deste, chegando até a ser escolhido para o All-Star Game, Nelson não atua desde fevereiro, quando deslocou o ombro. Na ocasião sua temporada havia sido dada como encerrada, porém agora o dirigente-geral dos alvicelestes, Otis Smith, já calcula as chances de o atleta jogar as finais da NBA em 50%. "Não sei, ele não jogou nos últimos quatro meses. Nós temos sete jogos restando e depois ele pode descansar", apontou o cartola, admitindo que o retorno de Nelson só depende de Stan Van Gundy. O treinador, porém, está mais reticente quanto às condições físicas do armador: "Não dá para saber quanto ele pode fazer. E realmente não acho que nossos caras precisem de uma injeção emocional agora".

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