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Quarto colocado, Brasiliense quer título

Mesmo com o Brasiliense no bloco de classificação para a elite, na quarta posição, Luiz Estevão avisa que a meta é brigar pelo título. ;Convidados; passam de 70% do público oficial no Serejão

postado em 05/06/2009 09:08
O novato Brasiliense é um time mal-acostumado com títulos. Em menos de nove anos de existência, o emergente Jacaré abocanhou nove conquistas: uma Série B (2004) e uma Série C (2002) de Campeonato Brasileiro e sete taças locais, seis da elite e uma da segundona. A equipe de Taguatinga, curiosamente, tem menos vices: apenas três, dois candangos e um histórico, o da Copa do Brasil de 2002. Com o time na quarta posição na segundona atual, com nove pontos em quatro jogos (75% de aproveitamento) e depois de três vitórias seguidas, o homem forte Luiz Estevão pelo menos evita repetir a cobrança de 2007. Dois anos atrás, enquanto o Brasiliense se alternava entre quarto e quinto, o cartola classificou de último lugar aquela colocação na última vaga no bloco de classificação para a elite. O então técnico Vanderlei Paiva acabou demitido e o clube afundou na tabela. Desta vez, a ambição continua a ser o topo do pódio, mesmo com o tradicional Vasco como favorito. Mas o quarto lugar não deixa de ser valorizado por permitir o sonhado acesso. ;A nossa meta é brigar pelo título, mas não jogo nada no lixo. Tanto que tem uma premiação para subir e outra pelo título;, avisa Luiz Estevão, sem revelar os prêmios estipulados. ;Criou-se uma expectativa muito grande naquela época (2007) porque o time foi muito bem na Copa do Brasil;, lembra o goleiro Guto, em alusão à campanha até as semifinais do mata-mata nacional. No comando atual, Roberval Davino se esquiva da obrigação de ser o primeiro lugar da Série B. ;Todo mundo quer ser campeão. Pelo menos comigo não é diferente. São outras 19 equipes querendo a mesma coisa. Ele (Luiz Estevão) não me disse nada disso (título como meta). Estou fazendo o meu trabalho. Nem a Seleção Brasileira é mais primeiro lugar;, compara o treinador. Quem tem mais tempo de clube se diz mais adaptado à obsessão pelo topo do pódio. ;Já estou acostumado com isso. A cobrança é sempre essa: vitória, vitória e vitória. Não podemos relaxar;, confessa o meia Iranildo. ;Ele quer o título pelo pouco tempo que tem o Brasiliense e suas muitas conquistas. É melhor para ele e para nós, jogadores;, ressalta Guto. Improviso O Jacaré defende a quarta posição no sábado, contra o América-RN, em Natal, pela quinta rodada. No coletivo de ontem, Roberval Davino repetiu a formação da vitória de 2 x 0 sobre o Juventude, no Serejão, no 3-4-3, sem um lateral-direito específico. O atacante Chimba, o volante Juninho e o zagueiro César Gaúcho têm obrigação de se revezar no setor. Apesar de ter sido elogiado pelo comandante na última rodada, quando entrou no intervalo, o lateral-direito Júlio César segue na reserva. O jogador mede as palavras, mas mostra o descontentamento pela situação. ;É complicado. O técnico tem de resolver, mas tenho feito a minha parte. Saí por contusão e agora também não tive uma sequência de jogos;, lembra. ;Ele tem de fazer a parte dele. Se ele for decidir para quem dá sequência, aí vira treinador;, rebate Davino. Júlio César chegou a treinar entre os titulares somente depois da saída de Chimba, com um pisão no pé direito. No fim do treino, o atacante Thiago Félix ainda foi testado na vaga do lateral-esquerdo Edinho, mudança que levou o meia Éder a ser improvisado na ala. ;Invenção é diferente de ser trabalhado;, avisa o comandante, adepto de variar esquemas táticos em função do adversário. A delegação viaja hoje para Natal, depois do treino pela manhã, no Serejão. Bilheteria Os boletins financeiros (borderôs) dos dois jogos do Brasiliense no Serejão pela Série B ressaltam a suspeita de evasão de renda. Nos totais divulgados, contra Campinense e Juventude, ambos muito acima do estimado no estádio de Taguatinga, a taxa de ;convidados; passou de 70%. O ;público pagante; de ingressos a R$ 1 (preço simbólico de bilhetes doados pelo clube amarelo) foi de 2.600 em 3.599 (72%) presentes contra o time paraibano e de 3.079 em 4.207 (73%) contra a equipe gaúcha.

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