postado em 15/06/2009 08:59
Antes mesmo da temporada 2008/09, Kobe Bryant já era um consagrado tricampeão da NBA, porém continuava ouvindo sempre um comentário 'idiota' de que não conseguia chegar a lugar algum sem Shaquille O'Neal. Calando os críticos, o ala-armador se livrou da sombra do desafeto e comandou um renovado Los Angeles Lakers rumo ao 15º título da liga, ficando pela primeira vez com o prêmio de MVP (Jogador Mais Valioso) das finais.
De forma desagradável para Kobe, todas as vezes em que ele havia sido vencedor no basquete norte-americano - entre 2000 e 2002 -, o atleta considerado mais decisivo na série final fora O'Neal. Desta vez, porém, quem levou a honra foi o homem de 30 anos nascido na Pensilvânia. "Não tenho mais que ouvir essas críticas idiotas. Era irritante", afirmou o astro após o quinto jogo ante o Orlando Magic. "Finalmente me sinto como se tivesse tirado um velho e grande macaco das minhas costas". Vale lembrar que antes de o triunfo ser construído, ele vinha garantindo que não lhe importava se o pivô estava ou não em quadra.
Excepcional na final deste ano, Bryant colecionou médias nas últimas cinco partidas superiores às de sua carreira e àquelas que vinha impondo neste campeonato: 32,4 pontos, 7,4 assistências e 5,6 rebotes. A partir disso, recebeu os elogios até de Shaq, com quem brigou na época em que eram os destaques dos Lakers. "Parabéns, Kobe, você merece isso. Você jogou muito, e agora disfrute", escreveu o atual atleta do Phoenix Suns no Twitter.
Eleito o MVP da temporada regular em 2007/08 e o melhor jogador das finais desta vez, o ala-armador finalmente cumpriu o caminho do amadurecimento, conforme explicou seu técnico nas quatro conquistas da NBA, Phil Jackson. "Ele aprendeu como se tornar um líder de um modo no qual as pessoas querem segui-lo. Isso foi muito importante, e agora ele é um 'doador' em vez de apenas um líder exigente", disse o comandante, lembrando que Kobe deixou o 'egoísmo' de lado e comandou jogadores que jamais haviam sido campeões da liga norte-americana - a exceção é o armador Derek Fisher, remanescente da geração de Shaquille O'Neal.