postado em 15/06/2009 10:34
O fato de os ingressos para esta primeira fase da Copa das Confederações custarem o triplo do preço de partidas do Campeonato Sul-africano não foi levado em consideração pelos organizadores do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2010. Nesta segunda-feira, depois de estádios com pouco público no domingo, os dirigentes se defenderam e responsabilizaram o povo anfitrião pelo vexame.
"Você pode jogar um cavalo na água, mas não pode obrigá-lo a bebê-la", metaforizou Rich Mkhondo, porta-voz do comitê organizador, que desprezou os valores considerados altos para o povo sul-africano. "Nós enfatizamos muitas vezes que este torneio poderia ser uma oportunidade única na vida de muita gente. Nossa obrigação é sediar as competições; ir aos jogos depende da população", esquivou-se.
Normalmente, ingressos para partidas naquele país não ultrapassam US$ 3. Para a Copa das Confederações, as entradas mais baratas custam pouco menos de US$ 9. Além disso, o futebol não é o esporte mais popular na África do Sul: rúgbi e críquete têm apelo maior junto ao público.
O resultado dessa combinação foi 12 mil lugares vazios dentre os 61 mil disponíveis no Estádio Ellis Park, em Joanesburgo, na abertura do torneio entre África do Sul e Iraque. Para o jogo mais aguardado, entre Espanha e Nova Zelândia no Royal Bafokeng em Rustemburgo, 21.649 pessoas acompanharam o jogo: 51,5% da lotação máxima, de 42 mil assentos.