postado em 16/06/2009 10:17
O fato de ser a atual dona da Copa do Mundo não exime a Itália de qualquer tipo de pressão por resultados - muito pelo contrário, ainda mais um ano antes da defesa do título. E os jogadores da Azzurra sentiram essa cobrança na Copa das Confederações, conforme reconheceu o técnico Marcello Lippi após o triunfo de virada sobre os Estados Unidos por 3 x 1, nesta segunda-feira.
"Eu preciso admitir que fiquei um pouco surpreso com a nossa atuação no começo da partida. Acho que deveríamos ter jogado um pouco melhor, mas havia um pouco de tensão no time", admitiu o treinador, que comandou a Itália na campanha vitoriosa de 2006. "Só não sei especificar por que havia esse nervosismo", complementou.
Verdade é que a Itália sofreu o primeiro gol do jogo e teve dificuldades para se acertar em campo, mesmo depois de o norte-americano Clark ter sido expulso ainda na etapa inicial. A Azzurra só foi levar mais pressão à defesa dos Estados Unidos quando o atacante Giuseppe Rossi entrou em campo na vaga do volante Gattuso. O avante do Villarreal empatou a disputa com um belo chute de fora da área e fechou o resultado nos instantes finais.
"Não foi fácil para a gente mesmo quando eles ficaram com um homem a menos em campo, pois o time dos Estados Unidos continuou muito forte", analisou Lippi. "Mas a nossa equipe reagiu logo que o Rossi entrou no jogo. Sempre acreditei muito nele e os dois gols nesta segunda confirmam essa confiança que tenho pelo atleta", elogiou.
Quem também recebeu palavras positivas do consagrado Marcello Lippi foi a equipe dos Estados Unidos - especialmente dois atletas que o comandante da Velha Bota desconhecia. "Eles nos criaram muitos problemas e isso ajudou a tensão aumentar. Trata-se de uma equipe muito bem organizada, especialmente o zagueiro número 5 (Oguchi Onyewu) e o atacante 17 (Jozy Altidore). A Itália venceu, mas não foi fácil", finalizou.