Jornal Correio Braziliense

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Zagueiro Juan deve pedir descanso ao democrático Dunga

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Após a vitória sobre o Egito, Dunga atribuiu o mau desempenho da seleção brasileira ao desgaste de seus jogadores, já que a maioria acabou de encerrar a temporada europeia. Por isso, são os próprios atletas que vão se escalar nesta quinta-feira, quando o Brasil enfrenta os Estados Unidos. E o primeiro a pedir descanso é o zagueiro Juan. Vítima de uma série de lesões na Roma - perdeu os dois últimos meses por contusão -, Juan foi desfalque em grande parte dos jogos da seleção. Por isso, ouviu do técnico que poderia descansar na estreia da Copa das Confederações. Recusou, fez gol e recebeu críticas pela atuação da defesa verde-amarela. Agora, tende a aceitar o conselho. "Por eu estar há tanto tempo parado, possivelmente não faria todos os jogos. Graças a Deus pude fazer os dois das Eliminatórias (contra Uruguai e Paraguai), que são os mais importantes. O Dunga me deu liberdade para ficar fora contra o Egito, mas eu não quis porque era uma estreia. Agora vamos conversar", revelou o defensor. Como todos os jogadores que iniciaram a partida dessa segunda-feira, o zagueiro apenas correu em torno do gramado, atividade insuficiente para avaliar suas condições. O camisa 4 só dará seu veredicto depois de um treinamento com bola marcado para esta quarta-feira, véspera do duelo contra os EUA. "Depois do jogo, se você perguntar para todos os jogadores vão falar que estão cansados. Mas tenho mais dois dias e vou esperar amanhã (quarta-feira), depois do último treino, para saber qual a minha condição de jogar", apontou, informando que outros titulares também podem pedir descanso. "A questão nem é só minha, particular. Todo jogador que estiver com a perna cansada, meio pesada, tem liberdade de chegar ao Dunga e comunicar o que está sentindo, se precisa descansar um jogo para poder render melhor nos outros. E temos um grupo forte, com jogadores em totais condições de jogar", explicou Juan, ainda sentindo na pele os efeitos do esforço feito diante do Egito. "Não tem como se poupar. Isso ficou provado. Enquanto corremos, fomos bem. Mas teve o problema do fuso horário, a perna sentiu dores, você não chega em uma bola que queria... Quando abaixamos o nível de velocidade e marcação porque relaxamos com o placar a favor, o Egito veio para cima. Mesmo considerado inferior, fez dois gols e dificultou o jogo", relembrou.