postado em 16/06/2009 19:38
O técnico Cuca foi mantido à frente do Flamengo, mas sua situação é mais delicada a cada dia. A relação com alguns jogadores está muito desgastada e seu controle sobre o grupo é fraco. A diretoria, publicamente, garante a permanência do treinador, mas em silêncio já consulta outros profissionais para promover a dispensa de Cuca assim que outro tropeço acontecer - o time vem de derrotas para Sport e Coritiba, a última por 5 x 0.
O nome preferido do vice-presidente geral, Delair Dumbrosck, é o de Celso Roth, mas este está firme no Atlético Mineiro, líder do Campeonato Brasileiro. Já Geninho, desempregado depois de deixar o Atlético Paranaense, foi procurado e pode vir para a Gávea a qualquer momento. O técnico do Santo André, Sérgio Guedes, também será sondado.
Nesta terça-feira, pelo menos evitou-se um dia tumultuado no Flamengo, e graças a Adriano. Ao contrário das duas últimas semanas, quando não se reapresentou com o restante do grupo, o atacante chegou cedo na reapresentação marcada para o meio-dia. Depois de almoçarem, os jogadores embarcaram para Teresópolis, onde devem permanecer reclusos até o sábado, véspera do jogo crucial com o Internacional, domingo, no Maracanã.
Até um empate tem tudo para decretar o fim da era Cuca na Gávea, uma vez que o Inter, às voltas com a final da Copa do Brasil, deverá lançar uma equipe, no mínimo, mista. A partida também marca o início de um período fundamental para o Flamengo no Brasileiro. Nas próximas dez rodadas, o time faz oito jogos no Rio, seja no Maracanã ou no Engenhão. O momento ideal para dar uma arrancada e recolocar a equipe entre as primeiras da competição.
Cuca, porém, não deve sobreviver o suficiente para comandá-la. A realidade é que sempre esteve sob questionamentos. A conquista do Campeonato Carioca e as boas exibições contra o Internacional pela Copa do Brasil, quando o Flamengo foi eliminado com um gol de falta nos minutos finais, haviam apenas abafado as críticas momentaneamente.
APOIO A CUCA
Nesta terça-feira, a maior torcida organizada do clube, a Raça Rubro-Negra, emitiu um comunicado oficial em que mostra apoio irrestrito ao treinador e culpa os jogadores pelo desempenho ruim nas últimas rodadas. A julgar pelo teor das cartas, novas apresentações ruins serão seguidas de forte clima de tensão e manifestações nada amigáveis.
A nota diz que "a Raça Rubro-Negra não vai tolerar moleques vestindo a camisa do Flamengo. Nossa torcida não admite este tipo de comportamento e vai cobrar cada jogador que insiste em prejudicar o ambiente e criar situações constrangedoras ao técnico.