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Corinthians e Internacional fazem primeiro jogo da decisão

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postado em 17/06/2009 09:30
A Copa do Brasil é o único torneio que o técnico Mano Menezes disputou e ainda não ganhou sob o comando do Corinthians. Após as conquistas da Série B do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Paulista, a equipe vice-campeã do mata-mata nacional no ano passado chega ao seu principal desafio em 2009: a decisão contra o Internacional. Para obter uma boa vantagem no primeiro jogo da final, às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, no Pacaembu, Mano Menezes usou o Campeonato Brasileiro como suporte. O treinador testou e poupou jogadores quando julgou necessário (chegou a escalar uma equipe reserva na estreia, contra o próprio Inter, com derrota por 1 x 0). E não se arrepende. "Quando você chega à reta final de uma competição importante, precisa fazer todo o possível para conquistá-la. Ainda faltam muitas rodadas para o término do Brasileirão. Muita coisa vai acontecer. Na Copa do Brasil, teremos dois jogos que podem nos colocar na Libertadores do ano que vem", vislumbrou. Mano tem consciência de que a prioridade do Corinthians em 2009 é a classificação para a Copa Libertadores da América. O clube paulista sonha obsessivamente com um centenário diferente do que é vivenciado pelo Internacional: sem disputar a Copa do Brasil e com a conquista inédita da principal competição do continente. Se pretende atingir a meta deste ano já em 1º de julho, data do segundo jogo da final, o Corinthians precisará superar a badalação em torno do Inter. O adversário montou um elenco com jogadores renomados para comemorar os seus 100 anos com títulos e é apontado por muitos como o melhor time do país. Os dois finalistas foram campeões estaduais invictos no início da temporada. Um jogador do Corinthians, no entanto, é capaz de centralizar tantos holofotes quanto os mais destacados colorados. "O Inter não é um bicho de sete cabeças", avisou o atacante Ronaldo, que não marca gols desde o dia 6 de maio, quando assegurou vitória sobre o Atlético-PR. "Fiquei gripado e sofri uma lesão. Isso não justifica, mas agora estou melhor e quero voltar a ser decisivo", afirmou. Do outro lado, o Inter não terá muitos dos seus atletas com poder de decisão. "Na final, tudo é possível", minimizou o técnico Tite, que não se intimida com os desfalques de quatro titulares. O lateral esquerdo Kleber e o atacante Nilmar defendem a seleção brasileira. Suas vagas serão ocupadas por Marcelo Cordeiro e Alecsandro, respectivamente. Já o meia D'Alessandro terá que acompanhar o jogo do Pacaembu no sofá de casa. Após se recuperar de uma tendinite na coxa esquerda, o carrasco corintiano na Copa Libertadores de 2003, quando defendia o River Plate, não possui as melhores condições físicas e ficará fora no primeiro tempo dos 180 minutos da decisão. Andrezinho deverá substituí-lo. Na lateral direita, no entanto, Tite não perdeu a chance fazer mistério. O titular Bolívar está suspenso. Seu substituto natural seria Danilo Silva, mas o jogador afirmou que o comandante "tem ideias para o jogo", deixando dúvidas sobre sua presença em campo. As outras opções são as improvisações Maycon ou do ex-corintiano Rosinei. A declaração traz a ideia do grande número de variáveis que passam pela cabeça de Tite às vésperas do confronto com o Corinthians. Trata-se de uma final que o Inter não disputava há 17 anos, quando levantou o troféu sobre o Fluminense. Serão duas partidas para definir o campeão de uma copa que o próprio técnico conquistou com o Grêmio sobre o Corinthians, em 2001. Em seus pensamentos, estão inúmeras possibilidades para a escalação. E o único objetivo de vencer. Como de praxe, o também gaúcho Mano Menezes foi outro a adotar o suspense. O Corinthians não conta com o lateral esquerdo André Santos, na seleção brasileira, e tem o volante Marcelo Oliveira, o zagueiro Diego e Wellington Saci como candidatos a ocupar a vaga. "Um desses três vai jogar", desconversou o treinador. Quem está escalado para apitar a final é o paranaense Heber Roberto Lopes, o mesmo árbitro que trabalhou no confronto entre Corinthians e Sport, o primeiro da decisão do ano passado. Mais uma coincidência está na ordem dos confrontos. Os paulistas jogam antes em casa, como em 2008. "Mas isso não muda nada", assegurou Ronaldo. Também eliminados pelo Sport em 2008, os jogadores do Internacional partilham da empolgação dos rivais. "A única coisa que posso dizer é que vai ser complicado para nós no Pacaembu. Da mesma forma que será difícil para eles no Beira-Rio", previu o volante Magrão, que superou uma lesão no braço direito para poder enfrentar o ex-clube.

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