postado em 17/06/2009 10:42
Além das novas caras em quadra, resultado da renovação que ocorre a cada ciclo olímpico, o que chama a atenção na Seleção Brasileira de vôlei, que treina em Brasília desde segunda-feira, é a altura dos jogadores. Conforme dados técnicos da Confederação Brasileira de Vôlei, a altura da seleção aumentou 45cm em relação à equipe que disputou a Liga Mundial do ano passado, o que significa um acréscimo de 2,36cm, em média, por jogador. Esse crescimento é uma tendência mundial, tanto para as jogadas de defesa como de ataque.
;De cara, a Seleção já assusta pelo tamanho, mas eles (os novatos) precisam de experiência internacional;, afirmou Rodrigão.
E é justamente esse conhecimento que os novatos de Bernardinho esperam adquirir. Dos 19 convocados para representar o Brasil, apenas Rodrigo, Murilo, Bruninho, Serginho e Giba estiveram na Seleção de prata em Pequim. O restante está em busca de maturidade dentro de quadra. Dos 14 novatos, Léo Mineiro, Thiago Barth e João Paulo nunca haviam vestido a camisa do time principal. Mas a expectativa de jogar ainda é grande para todos eles. Léo entrou somente para sacar no fim do primeiro set da vitória sobre a Polônia, no último sábado, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Aos 27 anos, ele nunca havia defendido as cores do Brasil.
;É o sonho de qualquer atleta jogar pela Seleção, é o ápice da carreira. Estou feliz e dando o máximo para ganhar meu espaço;, afirmou Léo. O atleta sabe que a disputa por uma vaga está cada vez mais difícil. ;Na minha posição é muito jogador experiente, como o Giba, por exemplo. A briga pela vaga é grande, mas é uma briga saudável;, defende.
Enquanto isso, Thiago participa dos treinos e se esforça para tentar, em Brasília, fazer sua estreia pela Seleção principal. Aos 21 anos, ele mede 2,09m, e é um dos mais altos da equipe, ao lado de Lucas, que tem a mesma altura, e atrás somente de Leandro Vissoto, com 2,12m. Thiago já passou pelas seleções juvenil e de novos. Para ele, poder entrar em quadra contra a Finlândia é resultado de todo o trabalho feito até hoje. ;Essa renovação na equipe é fundamental para manter o nível do trabalho. Se eu não jogar aqui será em uma outra oportunidade;, acredita.
E se de um lado os jovens talentos esperam por uma oportunidade, do outro, o veterano Giba lembra com carinho da primeira vez em que vestiu a camisa da Seleção. ;Foi em 1995, no Centenial Cup, festa dos 100 anos do voleibol. Naquela época, estavam Carlão, Max, Nalber, até o Leandro, que hoje está na comissão técnica (da Seleção Brasileira). Ganhamos da Itália, me lembro direitinho;, diverte-se. Giba destaca ainda a importância de renovar a equipe: ;É sempre uma troca. Nós passamos experiência e eles passam vitalidade;.
Pinheiros
Rodrigão e Giba afirmaram ter interesse em voltar a jogar no Brasil, mas negaram qualquer negociação com o Pinheiros para defender o clube pela Superliga 2009. Além deles, o time paulista foi atrás de Marcelinho e Gustavo, todos jogadores da Seleção na conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Pequim. ;Eu ainda tenho um ano de contrato na Rússia. É claro que gostaria de voltar a atuar no Brasil, é uma vontade de todos, mas por experiência e questões financeiras acabamos optando por outras coisas;, explicou o atacante do Iskra Odintsovo. O meio de rede, Rodrigão, também admitiu ter recebido convite. ;Realmente, aconteceu, mas não tem nada certo. Eu gostaria sim de voltar ao Brasil.;