postado em 17/06/2009 16:34
Na semana em que celebrou os dez anos de sua conquista na Libertadores, o Palmeiras não se apega apenas ao título de 1999 para se animar e superar o Nacional nesta quarta-feira (17/6) em Montevidéu. Um duelo especifico é utilizado por um dos heróis daquele triunfo como prova de que é possível se dar bem no Uruguai: a passagem pelo Vasco.
"Posso fazer uma lembrança ao torcedor do Palmeiras. Fizemos um jogo muito ruim contra o Vasco no Parque Antártica, um empate por 1 a 1, foi horrível. E o Vasco era tido como um grande favorito para a final, era o atual campeão. Mas fomos no Rio, fizemos 4 a 2 e passamos", relembra o meia Alex, camisa 10 da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari.
Segundo colocado no grupo 3 daquele torneio, atrás do Corinthians, o Verdão estava pressionado para pegar o Vasco nas oitavas de final. Na ida, no Palestra Itália, só superou uma inspirada noite do goleiro cruzmaltino Carlos Germano em uma cabeçada de Oséas aos 42 minutos do primeiro tempo. Mas o centroavante Guilherme, que depois fez sucesso com a camisa do Atlético-MG, selou empate por 1 a 1 aos 18 da etapa final.
Em São Januário, contudo, os paulistas se superaram e os cariocas, sem Carlos Germano - contundido, foi substituído por Márcio - foram eliminados perdendo por 4 a 2, sofrendo dois gols de Alex, um de Paulo Nunes e outro de Arce. Uma reviravolta que, para muitos dos membros daquele elenco, deu a confiança necessária para alcançar o então inédito título.
"É o que acredito que vai acontecer agora. O Nacional comemorou e pode tomar um revés. Este time do Palmeiras já se classificou de maneira dramática, com sufoco em Santiago contra o Colo Colo. Fez uma partida ruim contra o Nacional, causou um mal estar geral, mas o desconforto fortalece", aponta Alex.
Um dos mais novos daquele elenco, o hoje ídolo do Fenerbahce admite que a equipe que defendia o clube há uma década tinha vantagem por contar com atletas mais experientes. "A diferença é que tínhamos jogadores com qualidade reconhecida, como o César Sampaio, o Junior Baiano e o Arce, que tinham jogado a Copa do Mundo de 98, o Zinho já era campeão do mundo (94), o Evair era o dono do time", recorda-se.
"O time de 99 tinha bons jovens como o de hoje tem. Talvez o Marcão e o Edmilson sejam os experientes, mas não são tão ligados ao clube como eram principalmente o Evair, o César Sampaio e o Zinho. Mesmo assim, os jovens de hoje têm qualidade e podem fazer algo interessante para o Palmeiras ganhar", acredita o meia, sem esquecer de elogiar o goleiro Marcos, grande símbolo da Libertadores de 1999 e ainda ídolo palmeirense.
Sejam quais forem as comparações, as que forem positivas são prontamente aderidas pelos atletas que estão no Uruguai. Tudo serve como força para que o grupo vença ou empate por pelo menos dois gols contra o Nacional nesta quarta-feira para chegar às quartas de final.
"As semelhanças com 99 fazem com que a gente acredite ainda mais. Da minha parte, já tive um exemplo em 2005. Ninguém acreditava no Atlético-PR, sempre buscávamos a classificação fora. Mas o time tinha potencial e chegamos à final", lembra Marcão, um dos destaques do Furacão que perdeu para o São Paulo na final da Libertadores de 2005.
"O Palmeiras hoje tem um grupo com muita vontade de vencer e estamos trabalhando. Pode ter certeza de que vamos jogar até a morte para conquistar a classificação", promete o defensor, provável titular na partida que começa às 19h20 (de Brasília) no Estádio Montevidéu.