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Corinthians 'voa' e abre vantagem sobre o Internacional na Copa do Brasil

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postado em 17/06/2009 23:47
A quarta-feira foi de levar os torcedores do Corinthians aos céus. Na mesma noite em que o Palmeiras deixou a Copa Libertadores da América, a equipe comandada por Mano Menezes derrotou o Internacional por 2 x 0 no Pacaembu, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil. Com gols dos atacantes Jorge Henrique e Ronaldo, que prometia "voar" novamente às vésperas da decisão. Não foi somente Ronaldo que se recuperou de atuações abaixo da média. Contra um Internacional desfalcado e disposto a atacar, o Corinthians soube fazer o que se propôs para adquirir a vantagem da derrota (por um gol de diferença ou até dois, caso balance as redes outra vez) no confronto de volta da final. A meta é baixar voo e recolocar os pés no chão para enfrentar o time gaúcho no estádio Beira-Rio, no dia 1º de julho. Antes de Corinthians e Internacional se reverem, entretanto, precisarão se preocupar com o Campeonato Brasileiro. A equipe alvinegra fará clássico contra o São Paulo no domingo, no Pacaembu. A colorada tentará não se abater para conseguir um bom resultado diante do Flamengo, no mesmo dia, no Maracanã, e permanecer nas primeiras colocações da tabela de classificação. O jogo O Corinthians não estava em campo (apenas os goleiros Felipe e Julio Cesar se aqueciam no gramado) e ainda havia espaços vazios nas arquibancadas do Pacaembu às 21h15 desta quarta-feira. Mas os corintianos presentes no estádio se entusiasmaram como se tivessem visto um gol naquele instante. Abraçaram-se e comemoraram por mais de um minuto a eliminação do Palmeiras da Copa Libertadores da América. Para muitos, a queda do rival era um prenúncio de que a noite seria coroada com uma vitória sobre o Internacional no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil. A equipe dirigida por Mano Menezes foi recepcionada com muita festa pelos seus seguidores, que pararam de vaiar os jogadores adversários no momento em que assistiram ao atacante Ronaldo puxar o Corinthians ao campo de jogo. Assim que a bola rolou, o time da casa provou que jogaria "com raça e com o coração", conforme o público pedia em música. O Corinthians fez o primeiro desarme da partida ainda no círculo central. Levantou a bola na área na sequência. O zagueiro Chicão viu o goleiro Lauro fora do gol e quase abriu o placar com uma cabeçada. Em meio a foguetório nas arquibancadas, torcedores ficaram ainda mais eufóricos com a possibilidade de incendiar a partida. O Internacional mostrou frieza e não se amedrontou com a pirotecnia. Aos três minutos, o centroavante Alecasandro caiu na área e pediu para o paranaense Heber Roberto Lopes assinalar o pênalti. O substituto de Nilmar foi ignorado pelo árbitro e encoberto pelos protestos da multidão de corintianos - que ameaçou silenciar pouco depois, quando o lateral esquerdo Marcelo Cordeiro colocou a bola entre as pernas do atacante Dentinho, quase surpreendeu Felipe e fez a alegria dos colorados. Ronaldo respondeu para o Corinthians, com chapéus na intermediária e um chute defendido por Lauro. O lateral improvisado Marcelo Oliveira fez ainda melhor. Recuperado de quatro cirurgias no joelho esquerdo, ele invadiu a área pela esquerda e cruzou rasteiro, com precisão. Jorge Henrique emendou para as redes aos 25 minutos: 1 x 0. O placar eletrônico do Pacaembu até falhou com a intensidade dos pulos dos milhares de corintianos localizados no tobogã do estádio. O Internacional mostrou-se frio como o clima gaúcho para conter a euforia corintiana que se seguiu. Os comandados de Tite ainda aproveitavam os espaços abertos pelo oponente para contra-atacar, principalmente através de Andrezinho e Taison. Mais perigo levou Ronaldo, aos 37 minutos, ao arriscar um chute de longa distância. A bola passou à direita do goleiro Lauro. E os demais lances emocionantes da final acabaram reservados para o segundo tempo. Ronaldo não desperdiçou a sua primeira chance clara de gol na etapa complementar. Aos oito minutos, o atacante aplicou um belo drible no zagueiro Índio e chutou rasteiro para ampliar para o Corinthians. Era o fim do seu jejum pessoal de cinco jogos sem marcar gols - os últimos haviam sido em vitória por 2 x 0 sobre o Internacional, no dia 6 de maio. Entre os torcedores corintianos, alguns não resistiram e começaram a gritar: "É campeão". O Pacaembu pulsava. Tite percebeu o mau momento para o Internacional. Substituiu Alecsandro por Leandrão e pediu calma aos seus jogadores. Passada a pressão do Corinthians, os visitantes se reforçaram com Giuliano no lugar de Sandro e passaram a ocupar o campo de ataque. O maior destaque corintiano, agora, era Felipe. Com defesas importantes em finalizações de Andrezinho, Taison e Guiñazu, o goleiro evitou que o Inter chegasse ao gol e foi reconhecido pelo público. Mano Menezes decidiu entrar em ação. Preferiu ser prudente e trocou Dentinho e Marcelo Oliveira (bastante aplaudido) por Boquita e Diego. Aos 34 minutos, porém, a partida havia voltado a ficar tranqüila para o Corinthians. Leandrão cometeu falta dura no meio-campo e foi expulso. A equipe paulista tentou aproveitar para ampliar sua vantagem para o segundo jogo da decisão, com Souza como substituto de Jorge Henrique, mas a pontaria de seus atacantes já não era a mesma.

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