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Itália encara surpresas do Egito para pegar Brasil tranquila na Copa das Confederações

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A Itália começa a segunda rodada da Copa das Confederações como líder do grupo B por ter saldo de gols superior ao do Brasil, já que ambos têm três pontos. E a ideia do técnico Marcelo Lippi é manter o posto tentando não repetir o que a equipe de Dunga fez na estreia: não sucumbir ao jogo do Egito, adversário dos campeões mundiais às 15h30 (de Brasília) desta quinta-feira.

Apesar da vitória de virada por 3 x 1 sobre os Estados Unidos no primeiro jogo, a Azzurra teve seu desempenho criticado. Mesmo assim, o time somou três pontos e se garante nas semifinais se somar mais três diante dos africanos. Assim, pode até perder do Brasil no último jogo da fase, o que seria interessante para fugir da Espanha, provável primeira colocada do grupo A.

O treinador italiano, no entanto, diz ainda não pensar tão à frente. E defende seu grupo alegando que o duelo contra os norte-americanos foi mais complicado pela postura defensiva dos adversários. Contra os donos das duas últimas Copas das Nações Africanas, o jogo deve ser mais difícil, mas mais aberto.

"Os Estados Unidos jogaram mais fechados e tentaram encurtar os nossos espaços. O Egito não deverá ser tão firme na marcação, mas pelo que vimos contra a seleção brasileira eles serão mais eficientes no campo de ataque. Vamos precisar de muito cuidado para não levarmos gols que possam comprometer o nosso desempenho", ensinou Lippi, que diz ter aprendido com a suada vitória brasileira por 4 x 3 na primeira rodada.

O técnico italiano não confirmou a escalação que entra em campo nesta quinta-feira, mas duas substituições são possíveis. Com atuação confusa na estreia, o lateral direito Zambrotta pode ser trocado por De Santon. No meio-campo, Giuseppe Rossi, destaque com dois gols diante dos EUA, pode ganhar a vaga de Camoranesi.

Tanta cautela do atual campeão do mundo para liberar os escalados surpreende se for visto o retrospecto entre os vencedores de quatro Copas do Mundo e uma seleção que não vai a um Mundial desde 1990. Os europeus venceram os quatro duelos da história contra os egípcios. No ranking da Fifa, a Azzurra figura em quarto lugar, com quase o dobro de pontos dos africanos, 40; colocados.

Animados pelos elogios recebidos e principalmente pela atuação do atacante Zidan, autor de dois gols no Brasil, o técnico do Egito, Hassan Shehata não deverá apresentar modificações. O único desfalque é o zagueiro Al Ahmed, expulso contra o Brasil por fazer o pênalti que gerou a derrota nos acréscimos, mas ele já estava no banco de reservas.

"Temos que repetir o mesmo desempenho apresentado na partida contra a Seleção Brasileira. Assim teremos grandes chances de conquistarmos um triunfo. Estou realmente muito confiante", comentou um eufórico Hassan Shehata.

FICHA TÉCNICA - EGITO X ITÁLIA

Local: Estádio Ellis Park, em Johannesburgo (África do Sul)
Data: 18 de junho de 2009, quinta-feira
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Martin Hansson (Suécia)

EGITO: El Hadary; Fathi, Ahmed Said, Hany Said e Gomaa; Moawad, Shawky, Ahmed Hassan e Abd Rabbou; Abo Terika e Zidan
Técnico: Hassan Shehata

ITÁLIA:
Buffon; Zambrotta (De Santon), Legrottaglie, Chiellini e Grosso; De Rossi, Pirlo, Gattuso e Camoranesi (Rossi); Gilardino e Iaquinta
Técnico: Marcello Lippi