postado em 18/06/2009 16:08
Dono de dois títulos mundiais na Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso teme pelo futuro da principal categoria do automobilismo. Diante da profunda crise entre as equipes e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ele não descarta a extinção da categoria.
"Parece que amanhã é o dia que se decide tudo. Tem gente mais otimista, tem gente menos otimista. Vamos ver o que acontece. Espero que encontrem uma solução e em 2010 estejamos na Fórmula 1, como fizemos nos últimos anos. Mas também sei que existe uma possibilidade real de que a Fórmula 1 acabe", disse Alonso.
Diante da insatisfação das equipes, a FIA aceitou aumentar o teto orçamentário da próxima temporada de R$ 129 milhões para R$ 276 milhões. No ano seguinte, no entanto, o valor seria reduzido para R$ 124 milhões. Os times têm até sexta-feira para responder á contraproposta da entidade.
Caso haja uma ruptura e sejam organizados dois campeonatos paralelos, Alonso prevê que todos seriam prejudicados. "Suponho que a Fórmula 1 deixaria de existir, porque é impossível que o campeonato tenha interesse com equipes pequenas. Uma competição paralela com as equipes grandes teria mais emoção e força, mas mesmo assim sairia perdendo".
De acordo com o bicampeão, os pilotos têm uma posição bem definida dentro do imbróglio: estão ao lado dos times. "Foram as equipes que engrandeceram o espetáculo, são as que colocam dinheiro e fazem os carros. Nós seguiremos as equipes. São as que nos pagam, temos contrato com elas e estamos satisfeitos assim", afirmou.
Desta forma, Alonso não descarta a possibilidade de deixar a Fórmula 1 e passar a correr em outra categoria. "Se não tiver solução, o passo seguinte seria um novo campeonato montado pelas equipes grandes. Aí teríamos a Fórmula 1 de verdade, com os melhores pilotos e equipes. É onde eu quero estar", explicou.
Apesar de falar na possibilidade de extinção da Fórmula 1, ele demonstra esperança na resolução dos problemas. "Sabemos que não é tão fácil. As coisas que disseram uns aos outros (a FIA e as equipes) não foram muito carinhosas. Esperamos que encontrem uma solução até amanhã", reiterou o piloto da Renault.