postado em 19/06/2009 08:54
Neste fim de semana se organiza o Grande Prêmio da Inglaterra, mas as atenções da Fórmula 1 estão voltadas mesmo para a briga de bastidores enfre Fota (associação de equipes da categoria) e FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Em resposta ao anúncio de que uma modalidade paralela será criada em 2010, a entidade presidida por Max Mosley declarou-se 'decepcionada, porém não surpreendida' pela novidade, que segundo ela foi tomada de 'má fé'.
A última quinta-feira foi decisiva para a Fórmula 1. Se no início do dia a FIA havia alterado o teto orçamentário de R$ 129 milhões para R$ 276 milhões e um acordo entre as partes parecia possível, à noite a Fota realizou uma reunião em Enstone cujo resultado foi bombástico: seus integrantes, Ferrari, McLaren, Renault, BMW, Toyota, Brawn, Red Bull e Toro Rosso, anunciaram a criação de uma liga alternativa no próximo ano.
Logo na manhã desta sexta, o órgão que rege o automobilismo mundial publicou carta em seu site oficial analisando toda a polêmica e se mostrou decepcionado, mas garantiu que a 'incapacidade da Fota de alcançar um compromisso de acordo com os interesses do esporte' não era inesperada.
Sem citar nomes, a FIA apontou que 'determinados elementos' sempre buscaram a ruptura ao londo das negociações e não usaram de boa fé, indicando que o regulamento de 2010 teria sido apenas um pretexto utilizado pelas escuderias com o objetivo de ditar as regras da Fórmula 1.
Longe de se render, a entidade de Mosley revelou que não vai permitir uma ' corrida financeira no Mundial', na qual o dinheiro pese mais que a qualidade dos engenheiros, e assegurou que o prazo para se inscrever na a próxima temporada continua expirando nesta sexta. "A lista dos participantes será anunciada amanhã (sábado)", lê-se no comunicado.