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Reencontro três anos depois

Brasil e Finlândia, que em 2006 jogaram no Nilson Nelson, na última passagem da Seleção pela capital, retornam para mais dois confrontos com times repletos de estreantes

postado em 19/06/2009 08:45
Em pleno ciclo de renovação e com apenas três atletas %u2014 Giba, Rodrigão e Serginho %u2014 remanescentes da equipe que conquistou, em 2004, o ouro olímpico em Atenas, o Brasil, do técnico Bernardo Rezende, entra hoje na quadra do Ginásio Nilson Nelson, às 10h, para enfrentar a Finlândia em seu terceiro compromisso pela Liga Mundial %u2014 a TV Globo anuncia a transmissão. Depois de vencer duas vezes a Polônia no último fim de semana, em São Paulo, o Brasil terá pela frente um rival que jamais lhe causou qualquer tipo de problema. Até aqui foram oito confrontos, todos vencidos pela equipe verde-amarela. Por sinal, a última passagem da Seleção por Brasília, em 2006, terminou com dupla vitória justamente em cima da Finlândia, também no Nilson Nelson. Mas nada disso é motivo para que Bernardinho e seus comandados aguardem facilidade nos embates de hoje e amanhã, quando os dois times voltam a medir forças, nos mesmos local e horário. Tudo porque os europeus evoluíram nos últimos anos e, em 2007, conquistaram o melhor resultado do voleibol daquele país, com o quarto lugar no Campeonato Europeu. Há três semanas, a equipe venceu um torneio classificatório na República Tcheca e assegurou lugar no Campeonato Mundial do ano que vem. Na Liga Mundial, entretanto, a Finlândia deixa a desejar: sétimo lugar em 2007, 10º em 2006 e 2008, e um modesto 12º, na estreia, em 1993. %u201CEles não têm resultados expressivos na Liga, mas no Campeonato Europeu deixaram seleções tradicionais para trás%u201D, reforçou Bernardinho, que apontou o saque como uma das principais armas dos rivais. Outro que não espera moleza e que será diretamente afetado caso os saques, de fato, cheguem ao lado brasileiro com muita força é o líbero Serginho. %u201CNão devemos ter um jogo mais tranquilo do que foram os contra a Polônia%u201D, afirmou. %u201CPelo contrário. A Finlândia tem um time bom, com alguns jogadores que atuam na Itália. O Giba e o Rodrigão são reforços importantes, mas ainda estão voltando à equipe, carecem da forma ideal. Não acho que será fácil. A chance que têm é encher a pancada no saque e eles devem fazer isso.%u201D Expectativa Dos 19 atletas convocados por Bernardinho, dois vivem uma expectativa diferente dos demais. Afinal, tanto o líbero Mário Júnior quanto o meio de rede Thiago Barth jamais atuaram pela Seleção. E vivem uma espera que pode terminar em Brasília. %u201CExpectativa de jogar eu tenho. Estou treinando bem com o grupo. Mas na minha posição há mais quatro (Rodrigão, Lucas, Sidão e Eder). Se não for agora, quem sabe será no próximo jogo%u201D, ressaltou Thiago Barth, 21 anos. %u201CAcho que essa expectativa sempre vai ter, como ocorreu em São Paulo. Estarei sempre à disposição. O importante mesmo é o grupo. O Bernardinho vai saber a hora de me lançar. Desde os 11 anos sonhava em chegar à Seleção. Mas sei que sou reserva do melhor líbero do mundo%u201D, destacou Mário Júnior, 27 anos. Se renovação é a palavra de ordem no Brasil, o mesmo acontece na Finlândia, pelo menos para essa fase da Liga Mundial. O time desembarcou em Brasília sem quatro dos seus principais atletas: o capitão e atacante Tuomas Sammelvuo, o levantador Mikko Esko e os atacantes Olli Kunnari e Urpo Sivula. Os três primeiros pediram para não atuar nesta fase, alegando desgaste. O último está contundido. %u201CO jogo terá muitos rostos novos, tanto de um lado quanto do outro%u201D, reforçou o italiano Mauro Berruto, técnico da equipe. %u201CPara nós, atuar contra o Brasil é sempre uma experiência única. É o melhor time do mundo, e espero que todos os nossos jogadores possam aprender e viver ao máximo o clima da partida.%u201D Apagão Sempre rígido quanto a horários de treinos, Bernardinho foi surpreendido, ontem. Eram 10h07 e o Brasil ainda teria pela frente pelo menos 23 minutos de treino quando um apagão forçou o fim precoce dos trabalhos. Os refletores do Nilson Nelson falharam e a quadra ficou praticamente no escuro. De acordo com a assessoria da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), o problema aconteceu porque um dos eletricistas acabou acionando uma chave equivocadamente durante o processo de desvio de energia para os portões, uma vez que os ingressos terão um processo de leitura ótica. Segundo a CBV, um novo risco de apagão durante os dois dias de partidas está descartado, uma vez que o ginásio possui sistema de geradores de emergência.

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