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Universo BRB enfrenta o Flamengo em busca da quinta partida no Nacional de Basquete

Universo quer evitar hoje, diante do Flamengo, queda brusca de rendimento em momentos decisivos. Objetivo é forçar a quinta partida da decisão do Novo Basquete Brasil

postado em 20/06/2009 23:23
O Universo BRB entra em quadra às 12h de hoje, no Ginásio Nilson Nelson, contra o Flamengo, para superar os apagões que têm assolado o time. Em nove das 12 partidas que disputaram nos playoffs do Novo Basquete Brasil (NBB), os candangos jogaram muito abaixo do adversário durante pelo menos um quarto - com destaque para o terceiro, quando a queda de produção acontece com mais frequência. O Sportv anuncia a transmissão do confronto. Acabar com o trauma será fundamental para o time conquistar o título nacional. O Universo precisa vencer o Flamengo na quarta partida da final para empatar a série em 2 x 2 e forçar o quinto jogo da decisão do NBB, no próximo domingo, no Rio de Janeiro. O maior estrago aconteceu justamente contra os cariocas: no último duelo, há uma semana, apanhou de 32 x 7 no terceiro quarto. Em geral, a equipe de Brasília faz um primeiro tempo de bom a excelente, quando mantém a partida equilibrada ou - na maioria dos confrontos - 4 vence com boa vantagem. Mas, subitamente, o quinteto fica irreconhecível. "É difícil explicar, pois tenho voltado para o segundo tempo normalmente com os mesmos titulares", analisa o técnico Lula Ferreira, que admite: "É uma situação que incomoda". Especialistas apontam diversas causas para a queda brusca de rendimento. Uma delas seria a falta de preparo físico, hipótese descartada por Lula. O fato de o time se recuperar depois do apagão confirma a posição do técnico. "O intervalo de 15 minutos (entre o segundo e o terceiro quartos) não é suficiente para esfriar o corpo", explica o professor de educação física Eldrey Arrais. A análise mais próxima da realidade, no entanto, é psicológica. Para Cláudia Goulart, professora da Faculdade de Educação Física da UnB, especializada em motivação, talvez os jogadores percam o foco por estar em vantagem. Basta um deles subestimar o adversário para desconcentrar toda a equipe. Lula trabalhou a semana inteira para evitar que o apagão se repita e treinou novas jogadas para tentar surpreender o Flamengo. Uma das táticas é fazer o Universo trabalhar mais a bola. "Se você está na frente, tem que ficar com a bola o máximo possível e não se livrar dela rápido." Ex-treinador compara equipes José Carlos Vidal, técnico campeão brasileiro na temporada 2006/2007 com o Universo, analisa os principais aspectos táticos das equipes que hoje se enfrentam no Nilson Nelson: "O Flamengo joga com quatro atletas abertos (Marcelinho, Jefferson, Duda e Hélio) e um pivô fixo (Baby). Isso permite que o time tenha mais espaço e os jogadores tenham mais liberdade para os arremessos de três pontos. No Universo, a formação pensa mais em jogar dentro do garrafão, com dois pivôs fixos (Cipriano e Estevam). A defesa é mais forte, o que abre espaço ao contra-ataque. Como o Flamengo defende menos, o Universo pode explorar com infiltrações de Alex, Arthur e Valtinho." Estrelas duelam pelo troféu O ala e capitão do Universo BRB, Alex Garcia, traz na memória e no rosto as marcas do último encontro com o Flamengo e com o rival rubro-negro Marcelinho. Há uma semana, no Rio de Janeiro, após choque com o ala flamenguista, o jogador sofreu um corte no supercílio direito e para curá-lo foram necessários quatro pontos. Alex não quer vingança. Isso nunca lhe passou pela cabeça. Mas que ninguém se engane: as derrotas para o Flamengo no Ginásio Nilson Nelson ainda estão latentes. E a ideia é pôr um fim nessa história hoje. "Rivalidade é mais pela equipe. Não tenho nada contra ele pessoalmente", garantiu. Natural de Orlândia, no interior de São Paulo, Alex, 29 anos, começou a jogar basquete por influência do irmão, Eduardo, dois anos mais velho. "Eu tinha 12 para 13 anos e conciliava os treinos com a escola e o trabalho", recorda o ala, que teve que ralar muito na vida antes de ser tornar um ídolo do esporte. Ele era empacotador de compras em um supermercado, tarefa que cumpria para ajudar a mãe a manter a casa. "Ela foi uma grande guerreira", emociona-se. "Deu força para que eu jogasse basquete, segurando as pontas lá em casa", ressaltou. O irmão é hoje ala-pivô no São José do Rio Preto, da divisão A2 Paulista. Em 1995, os dois irmãos foram para o time de Santa Rita do Passa Quatro, cidade próxima de Orlândia. De lá, se transferiram para Assis. Em 1997, Alex começou sua trajetória sozinho e, dois anos depois, seguiu para o COC/Ribeirão. Em 2003, entrou para a elite dos brasileiros que passaram pela NBA, defendendo o San Antonio e o New Orleans. Ao lado do armador Nezinho, Alex foi um dos principais responsáveis pela vitoriosa campanha do Universo no Campeonato Brasileiro de 2007. "Todo mundo quer ganhar esse título. É um momento novo do basquete brasileiro. Todos querem ser o primeiro campeão dessa nova fase", destacou.

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