postado em 23/06/2009 22:11
Em entrevista concedida nesta terça-feira à jornalistas brasileiros, o técnico da África do Sul, Joel Santana, manteve sua postura descontraída e previu o confronto inédito na sua carreira. Nesta próxima quinta, o treinador dos Bafana-Bafana terá pela frente a seleção brasileira, pelas semifinais da Copa das Confederações. Indagado para fazer uma comparação do seu trabalho com Dunga, comandante da pentacampeã mundial, Joel soltou mais uma de suas pérolas.
"O Dunga jogou mais do que eu e foi campeão do mundo, eu não fui. Mas como treinador ele tem um currículo, eu tenho um testamento", discursou o treinador sul-africano, recordando sua maior experiência no comando futebolístico. Dunga, por sua vez, iniciou sua carreira de técnico justamente na seleção brasileira, há três anos.
Durante a entrevista, Joel Santana ressaltou a dificuldade de dirigir a seleção sul-africana, a qual enfrentou problemas disciplinares com a maior estrela, Benny McCarthy, e a desconfiança dos torcedores desde a sua chegada. Desta forma, o experiente comandante comparou sua função na África do Sul com o cargo ocupado por Dunga.
"Se te dou uma Ferrari e um carro popular, qual você vai escolher? A Ferrari, claro. É o caso da seleção brasileira, que pode ainda desprezar Adriano, Ronaldinho Gaúcho e o Fenômeno", indagou o treinador sul-africano.
Garantido na Copa do Mundo de 2010, por dirigir o país sede, Joel Santana leva a África do Sul pela primeira vez às semifinais da Copa das Confederações. Contudo, o técnico ressaltou que seu principal objetivo no comando dos Bafana-Bafana é o Mundial do próximo ano.
Conhecido como o "Senhor Ninguém", quando substituiu Carlos Alberto Parreira no comando da seleção, Joel Santana colhe os frutos do sucesso na competição que antecede a Copa do Mundo. Somente nos últimos dez anos, a África do Sul contou com a presença de nove treinadores. Joel, por outro lado, adquiriu respeito dos torcedores e da federação local após vitórias contra Camarões, Noruega e a passagem às semifinais da Copa das Confederações.
"Esse país está me tratando muito bem, eles (os torcedores) têm o maior respeito por mim. O sentimento bate também. As pessoas me acolheram por aqui", completou o comandante.