postado em 24/06/2009 08:48
O sonho de todo jogador de voleibol é fazer parte da Seleção Brasileira. Chegar lá, no entanto, é outra história. Conhecido como o país do futebol, o Brasil conta também com muitos atletas de ponta no vôlei e o que não falta é concorrência em alto nível. Afinal, para um país que conquistou nos últimos anos as medalhas de ouro em Atenas-2004 e prata em Pequim-2008, no masculino, além do inédito ouro na China, no feminino, existe atualmente uma legião de atletas lutando para encontrar um lugar ao sol.
Nesse sentido, os que não encontram espaço no time principal do Brasil e têm até 28 anos veem na Seleção Brasileira Universitária uma oportunidade de se destacar e, quem sabe, ir para o exterior, onde ganham visibilidade e mais dinheiro.
De dois em dois anos, acontecem os Jogos Mundiais Universitários. Os olheiros vão para a competição e quem se sobressai recebe convites para atuar no exterior. %u201CVários atletas disputam uma temporada na Europa e vão, muitas vezes, para times profissionais%u201D, confirmou Flávio Luiz Thiessen, técnico da Seleção Universitária desde 1995.
Amanhã, 12 atletas universitários (veja quadro) embarcam para Belgrado, na Sérvia, onde disputam, de 1º a 12 de julho, os Jogos Mundiais. O melhor resultado do Brasil nos últimos anos foi um 4º lugar, em 2004. Este ano, Thiessen está confiante. %u201CÉ um dos melhores times que já formei%u201D, acredita o treinador.
Aurivam Amaro passou sete meses na liga profissional da Espanha e pela primeira vez foi chamado para a Seleção Universitária. O estudante de administração acredita que um primeiro lugar no Mundial é importante para quem quer ir para o mercado europeu. %u201CMuitos times no Brasil estão acabando. Aqui, não dão o valor que o esporte universitário merece%u201D, reclamou.
O levantador carioca Maurício Inácio Cunha Júnior assume que gostaria de permanecer no Brasil. Mas confessa que, como a situação está difícil, já analisa uma proposta para jogar em Portugal. %u201CVou esperar o Mundial Universitário para decidir. Vamos ver o que vai render.%u201D
Já para o líbero Tiago Brendle, 23 anos, de Bento Gonçalves (RS), construir uma carreira internacional é importante. %u201CFiquei pensando se queria ficar ou ir. Coloquei na balança e decidi ir. É uma questão de querer mudar, me lançar em clubes internacionais. Depois, a visibilidade que você tem na Europa, você não atinge jogando aqui, em campeonatos nacionais%u201D, acredita o jogador.
Seleção Brasileira Universitária
Théo Fabrício Nery Lopes (DF) %u2013 Oposto
Tiago Brendle (RS) %u2013 Líbero
Rômulo Silva Liberato Batista (MG) %u2013 Ponteiro
Humberto Gomes de Lima (DF) %u2013 Oposto
Marcos Barbosa Cavallari (DF) %u2013 Levantador
Denis Cabral de Moraes (MG) %u2013 Ponteiro
Orestes Miraglia Carvalho Júnior (DF) %u2013 Central
Thiago Henrique Sens (SC) %u2013 Ponteiro
Aurivam Amaro da Silva (DF) %u2013 Central
Bruno Araújo Temponi (DF) %u2013 Ponteiro
Maurício Inácio da Cunha Júnio (RJ) %u2013 Levantador
Maurício Luís de Souza (DF) %u2013 Central
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